Amanitas de Sintra
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Re: Amanitas de Sintra
Caro Pedro,
Embora eu não guarde recordações precisas em relação a esta fotografia em particular e, portanto, não saber dizer se o gradiente amarelado era ou não visível a olho nu, penso não se tratar de nenhum desvio de tom introduzido pela fotografia, até porque, nesse dia estava um sol radioso e a fotografia deve ter sido tirada muito próximo do meio-dia. Sendo a zona onde foi tirada virada a Norte, havia uma luminosidade estupenda, o que se nota na margem do cogumelo que parece radiante.
Em relação à volva, penso que por dispôr apenas de um canivete de que me servi qual alavanca para "alçar" o cogumelo, ela acabou por se danificar. Acho que isso também resultou do facto de ser uma volva em forma de saco que, qual embrulho, dava várias voltas , sendo pois algo frágil.
Saudações,
Lebre
Embora eu não guarde recordações precisas em relação a esta fotografia em particular e, portanto, não saber dizer se o gradiente amarelado era ou não visível a olho nu, penso não se tratar de nenhum desvio de tom introduzido pela fotografia, até porque, nesse dia estava um sol radioso e a fotografia deve ter sido tirada muito próximo do meio-dia. Sendo a zona onde foi tirada virada a Norte, havia uma luminosidade estupenda, o que se nota na margem do cogumelo que parece radiante.
Em relação à volva, penso que por dispôr apenas de um canivete de que me servi qual alavanca para "alçar" o cogumelo, ela acabou por se danificar. Acho que isso também resultou do facto de ser uma volva em forma de saco que, qual embrulho, dava várias voltas , sendo pois algo frágil.
Saudações,
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Amanita pantherina; Amanita phalloides
Depois de voltar ao local encontrei novos exemplares de amanitas. O primeiro dos que apresento hoje (Ex.1) é de uma espécie ainda não mencionada neste tópico; o segundo (Ex.2) parece-me ser de A. phalloides, de acordo com os esclarecimentos dados neste tópico por *ento*loma*; quanto ao terceiro, embora haja semelhanças com o segundo (nomeadamente, volva do mesmo tipo), também há diferenças manifestas, como a cor do chapéu, a cor e a textura do pé, para só citar algumas. Desta vez tive o maior cuidado para não danificar a volva ao extrair os exemplares da terra. Anexo algumas observações e as fotografias, fazendo propostas de classificação para as duas primeiras.
Lebre
Exemplar 1: A. phanterina ou A. Spissa?
De acordo com as descrições que li ambas podem ser castanhas na fase jovem, tendo a primeira restos de véu brancos enquanto que a segunda os apresenta cinzentos. Ora, acontece que o minúsculo exemplar (o chapéu tinha apenas 4 cm de diâmetro) estava em cima de um monte de areia (daqueles que se formam em zonas baixas, depois de a água escorrer pela montanha) e toda ela parecia ter sido pulverizada com areia, o que se nota nas fotografias. Assim, torna-se difícil saber qual era a cor original dos restos de véu. Por outro lado, havia ainda a possibilidade de se tratar de A. Rubescens, dado que alguns exemplares apresentam esta cor na fase jovem, mas nesse caso o corte devia avermelhar, o que não acontece com este exemplar, que manteve a cor depois de cortado (sobre este detalhe, ver http://www.first-nature.com/fungi/id_guide/Amanitaceae/amanita_pantherina.htm).
Exemplar 2: A. Phalloides?
Exemplar 3:
A cor do chapéu era branca de textura sedosa, com umas leves nuances esverdeadas, que vieram a revelar-se em manchas depois de seco. A cor do pé abaixo da zona do anel era integralmente branca sendo castanha clara na zona do anel. Ao secar apresentava tons creme a castanho claro abaixo do anel. O himenóforo que na observação ao vivo era branco, depois de secar ficou ligeiramente creme.
Lebre
Exemplar 1: A. phanterina ou A. Spissa?
De acordo com as descrições que li ambas podem ser castanhas na fase jovem, tendo a primeira restos de véu brancos enquanto que a segunda os apresenta cinzentos. Ora, acontece que o minúsculo exemplar (o chapéu tinha apenas 4 cm de diâmetro) estava em cima de um monte de areia (daqueles que se formam em zonas baixas, depois de a água escorrer pela montanha) e toda ela parecia ter sido pulverizada com areia, o que se nota nas fotografias. Assim, torna-se difícil saber qual era a cor original dos restos de véu. Por outro lado, havia ainda a possibilidade de se tratar de A. Rubescens, dado que alguns exemplares apresentam esta cor na fase jovem, mas nesse caso o corte devia avermelhar, o que não acontece com este exemplar, que manteve a cor depois de cortado (sobre este detalhe, ver http://www.first-nature.com/fungi/id_guide/Amanitaceae/amanita_pantherina.htm).
Exemplar 2: A. Phalloides?
Exemplar 3:
A cor do chapéu era branca de textura sedosa, com umas leves nuances esverdeadas, que vieram a revelar-se em manchas depois de seco. A cor do pé abaixo da zona do anel era integralmente branca sendo castanha clara na zona do anel. Ao secar apresentava tons creme a castanho claro abaixo do anel. O himenóforo que na observação ao vivo era branco, depois de secar ficou ligeiramente creme.
Lebre- Carpóforo
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Craterellus lutescens
O primeiro exemplar é uma Amanita pantherina; a terceira fotografia com a volva em forma de baínha ou circuncisa é esclarecedora, apesar do mau estado do esporóforo. Amanita spissa tem a volva dissociada em pequenas verrugas, como a volva da Amanita muscaria. Outra coisa a distinguir estas duas espécies é a presença de uma margem do píleo estriada (A. pantherina) ou não (A. spissa)
O segundo exemplar é uma Amanita phaloides; mais uma vez, a terceira fotografia desta série esclarece qualquer dúvida, uma vez que é visível a volva saciforme que, em conjunto com a cor do píleo, não deixa margem para dúvidas.
O terceiro exemplar também é uma A. phalloides. Os ETs parecem-me Cantharellus lutescens.
O segundo exemplar é uma Amanita phaloides; mais uma vez, a terceira fotografia desta série esclarece qualquer dúvida, uma vez que é visível a volva saciforme que, em conjunto com a cor do píleo, não deixa margem para dúvidas.
O terceiro exemplar também é uma A. phalloides. Os ETs parecem-me Cantharellus lutescens.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Amanitas de Sintra
Caro Pedro, agradeço as suas preciosas indicações, bem como a todos os outros que adiantaram esclarecimentos acerca das espécies colocadas neste tópico.
No cômputo geral estou muito satisfeito com o que aprendi neste tópico, porque em muito pouco tempo deparei com várias espécies diferentes de amanitas e fiquei a saber algumas das semelhanças e também das diferenças entre elas. Quero apenas salientar que há cerca de um mês atrás eu nunca tinha visto nenhuma destas espécies “ao vivo e a cores”. Por ordem de entrada em cena, foram as seguintes as espécies identificadas:
Amanita muscaria (vários exemplares);
Amanita citrina (observei dezenas desta espécie);
Amanita rubencens;
Amanita vaginata (ou próxima);
Amanita phalloides (vários exemplares);
Amanita phalloides var. alba. ou Amanita virosa (não havia possibilidade de ser mais preciso);
Amanita. pantherina.
Lebre
No cômputo geral estou muito satisfeito com o que aprendi neste tópico, porque em muito pouco tempo deparei com várias espécies diferentes de amanitas e fiquei a saber algumas das semelhanças e também das diferenças entre elas. Quero apenas salientar que há cerca de um mês atrás eu nunca tinha visto nenhuma destas espécies “ao vivo e a cores”. Por ordem de entrada em cena, foram as seguintes as espécies identificadas:
Amanita muscaria (vários exemplares);
Amanita citrina (observei dezenas desta espécie);
Amanita rubencens;
Amanita vaginata (ou próxima);
Amanita phalloides (vários exemplares);
Amanita phalloides var. alba. ou Amanita virosa (não havia possibilidade de ser mais preciso);
Amanita. pantherina.
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Re: Amanitas de Sintra
De volta ao local onde tenho recolhido as amanitas que coloquei neste tópico encontrei novos e belíssimos exemplares de A. muscaria, A. rubescens e A. phalloides. Não resisti a colocá-los aqui.
Lebre
Exemplar 1: Amanita muscaria (chapéu com 12 cm e comprimento total de 20 cm)
Exemplar 2: Amanita rubescens
Exemplar 3: Amanita phalloides
Lebre
Exemplar 1: Amanita muscaria (chapéu com 12 cm e comprimento total de 20 cm)
Exemplar 2: Amanita rubescens
Exemplar 3: Amanita phalloides
Lebre- Carpóforo
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Amanita gemmata; Amanita sp.
Agora que eu pensava que começava a perceber qualquer coisa de amanitas, eis que voltei ao reino delas e encontrei algumas que não encaixam … (Ups, tenho que ver tudo de novo). É claro que voltei a encontrar algumas centenas das minhas bem conhecidas A. Citrina, algumas (poucas) A. Muscaria e desta vez não vi nenhuma A. Rubescens. Mas as que apresento a seguir nunca tinha visto. Quais serão as espécies?
Sendo esta a minha primeira mensagem deste ano, aproveito para desejar um Bom Ano Novo a todos os membros deste fórum com muitos cogumelos para observar e para degustar.
Lebre
Exemplar 1:
LOCALIZAÇÃO: Sintra
HABITAT: pinhal.
CHAPÉU: 6 cm de diâmetro; plano; amarelo-claro (cor de ovo batido); com sinais de véu, margem mais clara e estriada; ao secar ficou amarelo mais vivo e posteriormente creme, sendo castanho muito claro no centro.
PÉ: 8 cm de comprimento incluindo a volva / 1 cm de diâmetro; creme, sendo branco junto ao ápice; cilíndrico; sem anel visível mas com restos de véu; volva aderente fusiforme.
HIMENÓFORO: com lâminas brancas; inserção livre, espaçamento não muito apertado.
ESPORADA: branca.
Exemplar 2: Este é nitidamente da mesma espécie do anterior, embora fosse recolhido numa zona diferente.
A descrição é a mesma do exemplar anterior, com excepção das dimensões, pois este exemplar é mais jovem.
Exemplar 3:
LOCALIZAÇÃO: Sintra
HABITAT: pinhal.
CHAPÉU: 5,5 cm de diâmetro; plano; creme muito claro com zonas ligeiramente mais escuras, escureceu ligeiramente ao secar;
PÉ: 8,5 cm de comprimento incluindo a volva / 0,8 cm de diâmetro; creme a castanho claro na parte inferior e branco acima do anel descendente sendo canelado junto ao ápice; com volva circuncisa e escamas brancas acima da volva.
HIMENÓFORO: com lâminas creme claro, sendo algumas mais escuras; inserção unida a colar e espaçamento muito distante.
ESPORADA: branca (pouco intensa).
NOTA: Acima referi que o espaçamento das lâminas é muito distante. Talvez não seja a melhor maneira de descrever o espaçamento. Como se pode observar nas fotos há como que uma fusão de lâminas adjacentes na parte inferior originando como que um prisma triangular, o que visualmente resulta no tal espaçamento distante.
Exemplar 4: Este não foi colhido, por se encontrar já muito maduro. Em vez de o recolher decidi efectuar o corte no local. De notar o extraordinário comprimento do pé comparativamente às outras dimensões do cogumelo.
Exemplar 5: Este também não foi colhido, pois desfez-se ao tentar retirá-lo.
Não sei como era possível este cogumelo estar de pé. O hóspede que ele tinha alojado, que estava gordo que nem texugo, e que se vê na 2ª foto produziu estragos enormes no himenóforo, como se pode ver na 4ª foto. A volva é muito curiosa, mas infelizmente a imagem que a documenta (a 3ª) está desfocada. A sua forma é semelhante à minúscula A. Pantherina que descrevi neste tópico (mensagem de 22/12/2009).
Sendo esta a minha primeira mensagem deste ano, aproveito para desejar um Bom Ano Novo a todos os membros deste fórum com muitos cogumelos para observar e para degustar.
Lebre
Exemplar 1:
LOCALIZAÇÃO: Sintra
HABITAT: pinhal.
CHAPÉU: 6 cm de diâmetro; plano; amarelo-claro (cor de ovo batido); com sinais de véu, margem mais clara e estriada; ao secar ficou amarelo mais vivo e posteriormente creme, sendo castanho muito claro no centro.
PÉ: 8 cm de comprimento incluindo a volva / 1 cm de diâmetro; creme, sendo branco junto ao ápice; cilíndrico; sem anel visível mas com restos de véu; volva aderente fusiforme.
HIMENÓFORO: com lâminas brancas; inserção livre, espaçamento não muito apertado.
ESPORADA: branca.
Exemplar 2: Este é nitidamente da mesma espécie do anterior, embora fosse recolhido numa zona diferente.
A descrição é a mesma do exemplar anterior, com excepção das dimensões, pois este exemplar é mais jovem.
Exemplar 3:
LOCALIZAÇÃO: Sintra
HABITAT: pinhal.
CHAPÉU: 5,5 cm de diâmetro; plano; creme muito claro com zonas ligeiramente mais escuras, escureceu ligeiramente ao secar;
PÉ: 8,5 cm de comprimento incluindo a volva / 0,8 cm de diâmetro; creme a castanho claro na parte inferior e branco acima do anel descendente sendo canelado junto ao ápice; com volva circuncisa e escamas brancas acima da volva.
HIMENÓFORO: com lâminas creme claro, sendo algumas mais escuras; inserção unida a colar e espaçamento muito distante.
ESPORADA: branca (pouco intensa).
NOTA: Acima referi que o espaçamento das lâminas é muito distante. Talvez não seja a melhor maneira de descrever o espaçamento. Como se pode observar nas fotos há como que uma fusão de lâminas adjacentes na parte inferior originando como que um prisma triangular, o que visualmente resulta no tal espaçamento distante.
Exemplar 4: Este não foi colhido, por se encontrar já muito maduro. Em vez de o recolher decidi efectuar o corte no local. De notar o extraordinário comprimento do pé comparativamente às outras dimensões do cogumelo.
Exemplar 5: Este também não foi colhido, pois desfez-se ao tentar retirá-lo.
Não sei como era possível este cogumelo estar de pé. O hóspede que ele tinha alojado, que estava gordo que nem texugo, e que se vê na 2ª foto produziu estragos enormes no himenóforo, como se pode ver na 4ª foto. A volva é muito curiosa, mas infelizmente a imagem que a documenta (a 3ª) está desfocada. A sua forma é semelhante à minúscula A. Pantherina que descrevi neste tópico (mensagem de 22/12/2009).
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
Re: Amanitas de Sintra
Feliz Ano,
Com a excepcao do ultimo exemplar sao todos Amanita gemmata um taxon suspeito de "esconder" diversos taxa morfologicamente identicos.
Em relacao ao ultimo exemplar é muito dificil de inferir algo.
saudacoes
Com a excepcao do ultimo exemplar sao todos Amanita gemmata um taxon suspeito de "esconder" diversos taxa morfologicamente identicos.
Em relacao ao ultimo exemplar é muito dificil de inferir algo.
saudacoes
*ento*loma*- Admin
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Data de inscrição : 19/12/2007
Re: Amanitas de Sintra
Caro *ento*loma*, feliz ano também para si.
Agradeço a sua resposta, mas fiquei mais confuso ainda.
Pondo de parte o último exemplar (que estava de facto em muito mau estado, e de que eu tinha a desconfiança de ser da espécie A. vaginata) e parecendo-me claro que as duas primeiras sejam A. gemmata, classificação de que eu suspeitava, relativamente aos exemplares 3 e 4 não percebo, pois comparando apenas estes exemplares entre si, embora o himenóforo seja algo semelhante, as volvas são completamente diferentes, a consistência pareceu-me também diferente, para não falar das proporções relativas das várias partes. Por outro lado, o himenóforo destes dois exemplares quando comparado com os dos exemplares 1 e 2, também me parecem ser muito diferentes. Também o canelado do pé junto ao ápice do exemplar 3 não parece ter correspondente em nenhum dos outros exemplares.
Termino esta mensagem com um pedido. Será que me pode indicar alguma referência, de preferência acessível pela net, para o género Amanita, para que eu possa saber mais sobre este assunto?
Saudações,
Lebre
Agradeço a sua resposta, mas fiquei mais confuso ainda.
Pondo de parte o último exemplar (que estava de facto em muito mau estado, e de que eu tinha a desconfiança de ser da espécie A. vaginata) e parecendo-me claro que as duas primeiras sejam A. gemmata, classificação de que eu suspeitava, relativamente aos exemplares 3 e 4 não percebo, pois comparando apenas estes exemplares entre si, embora o himenóforo seja algo semelhante, as volvas são completamente diferentes, a consistência pareceu-me também diferente, para não falar das proporções relativas das várias partes. Por outro lado, o himenóforo destes dois exemplares quando comparado com os dos exemplares 1 e 2, também me parecem ser muito diferentes. Também o canelado do pé junto ao ápice do exemplar 3 não parece ter correspondente em nenhum dos outros exemplares.
Termino esta mensagem com um pedido. Será que me pode indicar alguma referência, de preferência acessível pela net, para o género Amanita, para que eu possa saber mais sobre este assunto?
Saudações,
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
Re: Amanitas de Sintra
Car@ Lebre,
Sem dúvida que os detalhes que menciona da volva são dignos disso mesmo! apesar de no género Amanita, a forma da volva ser de extrema importancia, neste taxon (como é actualmente compreendido) pode apresentar alguma variação morfologica, podendo neste taxon fragmentar-se. O que poderá levantar mais suspeitas é o facto (de aparentemente) a base não ser bulbosa...
Em relação ao himénoforo, são apenas as condições climatéricas a fazer variar a morfologia das laminas!
No que se refere em relação ao canelado no pé é possível ver (mesmo nas fotografias), de forma menos obvia em outros exemplares (ex.1 - foto 7; menos evidente ainda em ex.2 - foto 4)!
Com isto quero dizer que, para já, mantenho a minha identificação dos exemplares (com a excepção do ultimo) como A. gemmata.
Um site de referencia para Amanitas é o mantido pelo Dr. Rodham Tulloss, uma das referências em macromicologia na América do Norte.
Saudações.
Sem dúvida que os detalhes que menciona da volva são dignos disso mesmo! apesar de no género Amanita, a forma da volva ser de extrema importancia, neste taxon (como é actualmente compreendido) pode apresentar alguma variação morfologica, podendo neste taxon fragmentar-se. O que poderá levantar mais suspeitas é o facto (de aparentemente) a base não ser bulbosa...
Em relação ao himénoforo, são apenas as condições climatéricas a fazer variar a morfologia das laminas!
No que se refere em relação ao canelado no pé é possível ver (mesmo nas fotografias), de forma menos obvia em outros exemplares (ex.1 - foto 7; menos evidente ainda em ex.2 - foto 4)!
Com isto quero dizer que, para já, mantenho a minha identificação dos exemplares (com a excepção do ultimo) como A. gemmata.
Um site de referencia para Amanitas é o mantido pelo Dr. Rodham Tulloss, uma das referências em macromicologia na América do Norte.
Saudações.
*ento*loma*- Admin
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Data de inscrição : 19/12/2007
Re: Amanitas de Sintra
Obrigado *ento*loma*, por todos os esclarecimentos e também pela referência.
Já agora, hoje observei mais um exemplar intrigante (para mim, claro!). Infelizmente, também este estava eu muito mau estado e não me foi possível colhê-lo. Anexo todas as fotos de que disponho. É possível alguma dica sobre o que poderia ser? Não a classificação (que dado o mau estado, não deve ser possível), mas a secção/ grupo, etc.
Saudações,
Lebre
Já agora, hoje observei mais um exemplar intrigante (para mim, claro!). Infelizmente, também este estava eu muito mau estado e não me foi possível colhê-lo. Anexo todas as fotos de que disponho. É possível alguma dica sobre o que poderia ser? Não a classificação (que dado o mau estado, não deve ser possível), mas a secção/ grupo, etc.
Saudações,
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
Re: Amanitas de Sintra
Olá Lebre,
A colecção de Amanitas foi e/ou tem sido excelente!
Nao é perceptivel a volva, mas eu apontaria para Amanita phalloides f alba é bem vísível o zeberado/zigzag típico de A. phalloides no pé, contudo apesar de ser uma caracteristica importante, na bibliografia que consultei nunca a aparece mencionada como diagnosticante entre os diferente taxa bastante proximos: A. verna e A. virosa
Supostamente A. phalloides f alba tem remeniscencias de verde na volva... no entanto, segundo a maior referencia internacional de validação taxonómica, frequentemente usada no nosso FORUM - Dictionary of Fungi Ainsworth and Bisby (pelo meio online - www.indexfungorum.org) este taxon é sinonimizado com A. phalloides não merecendo a diferenciação do taxon tipo...
Ou seja a identificação que proponho é Amanita phalloides
Para uma melhor discussão dos taxa pode consultar o site que préviamente mencionei do Dr. Tulloos.
Saudações
A colecção de Amanitas foi e/ou tem sido excelente!
Nao é perceptivel a volva, mas eu apontaria para Amanita phalloides f alba é bem vísível o zeberado/zigzag típico de A. phalloides no pé, contudo apesar de ser uma caracteristica importante, na bibliografia que consultei nunca a aparece mencionada como diagnosticante entre os diferente taxa bastante proximos: A. verna e A. virosa
Supostamente A. phalloides f alba tem remeniscencias de verde na volva... no entanto, segundo a maior referencia internacional de validação taxonómica, frequentemente usada no nosso FORUM - Dictionary of Fungi Ainsworth and Bisby (pelo meio online - www.indexfungorum.org) este taxon é sinonimizado com A. phalloides não merecendo a diferenciação do taxon tipo...
Ou seja a identificação que proponho é Amanita phalloides
Para uma melhor discussão dos taxa pode consultar o site que préviamente mencionei do Dr. Tulloos.
Saudações
Última edição por *ento*loma* em Ter 05 Jan 2010, 00:26, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : erro no link..)
*ento*loma*- Admin
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Data de inscrição : 19/12/2007
Re: Amanitas de Sintra
De facto, não me posso queixar. Como eu afirmei no início do tópico até essa altura eu não tinha sequer observado uma amanita ao vivo. No entretanto, nas minhas recentes saídas a um pinhal da zona de Sintra, tenho tido oportunidade de observar variadíssimos exemplares deste género, como atestam as fotos que tenho colocado no tópico, e em grande quantidade. Neste particular estou muito satisfeito.*ento*loma* escreveu:
A colecção de Amanitas foi e/ou tem sido excelente!
No que se refere ao último exemplar, eu tinha as minhas suspeitas relativamente à similitude deste com os Exemplares 2 e 3 da minha mensagem de 22/12/2009, nomeadamente no que designa por "zeberado/zigzag". Também o halo e a cor do chapéu é muito semelhante ao do Exemplar 3 dessa mensagem, bem como a zona da margem do chapéu e a forma da inserção das lâminas neste.*ento*loma* escreveu:
Nao é perceptivel a volva, mas eu apontaria para Amanita phalloides f alba é bem vísível o zeberado/zigzag típico de A. phalloides no pé, contudo apesar de ser uma caracteristica importante, na bibliografia que consultei nunca a aparece mencionada como diagnosticante entre os diferente taxa bastante proximos: A. verna e A. virosa
Supostamente A. phalloides f alba tem remeniscencias de verde na volva... no entanto, segundo a maior referencia internacional de validação taxonómica, frequentemente usada no nosso FORUM - Dictionary of Fungi Ainsworth and Bisby (pelo meio online - www.indexfungorum.org) este taxon é sinonimizado com A. phalloides não merecendo a diferenciação do taxon tipo...
Ou seja a identificação que proponho é Amanita phalloides
Para uma melhor discussão dos taxa pode consultar o site que préviamente mencionei do [url=Dr. Tulloos]http://www.eticomm.net/~ret/amanita/species/verna.html[/url].
Agradeço pois ver confirmadas essas suspeitas, com os pormenores que o *ento*loma aduziu. Já estive a consultar o site que referiu onde parece haver um manancial de informação para consultar.
Muito obrigado por tudo,
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
Re: Amanitas de Sintra
Olá Lebre,
Fica aqui mais um excelente site de taxonomia do género Amanita, não tão completo como o que mencionei previamente, mas o esquema de divisão taxonomica é mto bom.
classification des amanites observées en gironde et départements limitrophes
Saudações
Fica aqui mais um excelente site de taxonomia do género Amanita, não tão completo como o que mencionei previamente, mas o esquema de divisão taxonomica é mto bom.
classification des amanites observées en gironde et départements limitrophes
Saudações
*ento*loma*- Admin
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Data de inscrição : 19/12/2007
Re: Amanitas de Sintra
Caro *ento*loma,
os meus agradecimentos. Pelo menos a imagem inicial do site está muito bem organizada, sendo muito clara, destacando à partida algumas das caracteríssticas de cada divisão. Provavelmente o melhor para um novato como eu.
Lebre
os meus agradecimentos. Pelo menos a imagem inicial do site está muito bem organizada, sendo muito clara, destacando à partida algumas das caracteríssticas de cada divisão. Provavelmente o melhor para um novato como eu.
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
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