História de fim-de semana: O cogumelo dos artistas
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História de fim-de semana: O cogumelo dos artistas
No passado fim-de-semana, perto do local onde recolhi a amanita que deu o mote para a história desse fim de semana, deparei com um exemplar de Ganoderma. Reconheci-o imediatamente pela forma, pois tenho andado a seguir um outro exemplar na zona de Monsanto (ver tópico “Ganoderma lucidum”). Este tinha uma configuração diferente do outro e, em particular, tinha um pó na parte superior que me intrigou. Durante a semana consultei vários sítios na Internet, mas acabei por deparar com a informação que pretendia neste fórum, no tópico “O cogumelo dos artistas – Ganoderma”. Aí faz-se referência à aptidão dos cogumelos deste género conservarem a informação neles impressa. Ainda nesse tópico o Polecat indica uma chave simplificada para identificar os grandes grupos, uma vez que a variedade de espécies é enorme. De acordo com essa chave e uma vez que o exemplar que observei crescia num tronco de pinheiro, cheguei à conclusão de que deveria tratar-se de um Ganoderma tsugae. Além disso, ainda citando alguma da informação desse tópico, parece ser comum este género de cogumelos ter esporos nas duas faces, pelo que o pó que me intrigou deveria ser uma esporada na face superior do píleo. Ontem, de regresso a casa, decidi rever o cogumelo, obter algumas fotografias mais detalhadas da face superior e também fazer o teste da impressão: colocando um dedo no himenóforo, fazendo uma pressão ligeira e depois arrastando-o suavemente. De tudo isto deixo o registo fotográfico, em que as primeiras duas fotografias foram obtidas no passado fim-de-semana.
Lebre
Fotografias:
Lebre
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Lebre- Carpóforo
- Número de Mensagens : 1208
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Data de inscrição : 04/01/2009
Polyporus tsugae
Boa Lebre
Mas a mim, a questão dos esporos na parte superior do chapéu ainda me intriga muito, vejo esse fenómeno muitas vezes, dá ideia que esteve sempre outro cogumelo por cima daquele que vejo, mas quando lá chego alguém o arrancou, ficando apenas o cogumelo mais em baixo com a deposição dos esporos na sua parte superior.
Depois de observar o fenómeno repetidas vezes já tenho outra teoria
Acredito que os esporos se depositem na parte superior do chapéu talvez por estes serem de baixíssima densidade e que uma vez soltos pelos basídios no himénio, em vez de "cairem", pairem no ar de maior densidade e sejam talvez atraídos à parte superior do chapéu por força electromagnética que se faria exercer mais que a força gravitacional em si.
Claro, é só uma teoria, mas por enquanto não encontro melhor explicação
Mas a mim, a questão dos esporos na parte superior do chapéu ainda me intriga muito, vejo esse fenómeno muitas vezes, dá ideia que esteve sempre outro cogumelo por cima daquele que vejo, mas quando lá chego alguém o arrancou, ficando apenas o cogumelo mais em baixo com a deposição dos esporos na sua parte superior.
Depois de observar o fenómeno repetidas vezes já tenho outra teoria
Acredito que os esporos se depositem na parte superior do chapéu talvez por estes serem de baixíssima densidade e que uma vez soltos pelos basídios no himénio, em vez de "cairem", pairem no ar de maior densidade e sejam talvez atraídos à parte superior do chapéu por força electromagnética que se faria exercer mais que a força gravitacional em si.
Claro, é só uma teoria, mas por enquanto não encontro melhor explicação
Polecat- Carpóforo
- Número de Mensagens : 439
Fungónimo : stametóide
Reputação : 5
Data de inscrição : 05/12/2007
Ganoderma tsugae
Caro Polecat,
Obrigado pela resposta. O fenómero que refere é deveras intrigante, mas não há dúvida que o cogumelo estava cheio de esporos na parte de cima e não havia vestígio algum de ter havido um outro sobre ele. Provavelmente a sua explicação estará próxima da que verdade, pois custa a crer que haja fenómenos electomagnéticos envolvidos.
Um abraço,
Lebre
Obrigado pela resposta. O fenómero que refere é deveras intrigante, mas não há dúvida que o cogumelo estava cheio de esporos na parte de cima e não havia vestígio algum de ter havido um outro sobre ele. Provavelmente a sua explicação estará próxima da que verdade, pois custa a crer que haja fenómenos electomagnéticos envolvidos.
Um abraço,
Lebre
Lebre- Carpóforo
- Número de Mensagens : 1208
Reputação : 9
Data de inscrição : 04/01/2009
esporos na parte de cima
Li num livro do Carlos Venade, penso que em inglês que a razão dos esporos se depositarem em cima do chapéu, deve-se ao facto deste cogumelo libertar uma quantidade impressionante dos mesmos. Qualquer corrente de ar, levanta-os e deposita-os aí. Acho isto plausível, uma vez que os esporos mate e cor de cacau, aparecem um pouco por todo o lado perto dos cogumelos, principalmente em folhas de trepadeiras perto das árvores onde os vejo
Até breve!
Manel
Até breve!
Manel
Re: História de fim-de semana: O cogumelo dos artistas
Caro Manel,
também acho plausível. Obrigado,
Lebre
também acho plausível. Obrigado,
Lebre
Lebre- Carpóforo
- Número de Mensagens : 1208
Reputação : 9
Data de inscrição : 04/01/2009
Re: História de fim-de semana: O cogumelo dos artistas
Lebre escreveu:Caro Polecat,
Obrigado pela resposta. O fenómero que refere é deveras intrigante, mas não há dúvida que o cogumelo estava cheio de esporos na parte de cima e não havia vestígio algum de ter havido um outro sobre ele. Provavelmente a sua explicação estará próxima da que verdade, pois custa a crer que haja fenómenos electomagnéticos envolvidos.
Não tenho a certeza se percebi a frase
Mas quanto à última nota, posso adiantar que a Força Electromagnética é um dos fenómenos físicos omnipresentes que regem interacções entre qualquer átomo, apesar de raramente a percepcionarmos ela está em todo o lado a toda a hora.
manel escreveu:Li num livro do Carlos Venade, penso que em inglês que a razão dos esporos se depositarem em cima do chapéu, deve-se ao facto deste cogumelo libertar uma quantidade impressionante dos mesmos. Qualquer corrente de ar, levanta-os e deposita-os aí. Acho isto plausível, uma vez que os esporos mate e cor de cacau, aparecem um pouco por todo o lado perto dos cogumelos, principalmente em folhas de trepadeiras perto das árvores onde os vejo
Amigo manel, já estava com saudades de te ver postar
Estou de acordo que a quantidade exagerada de esporos associada à sua fácil "transportabilidade" (possivelmente justificada por baixa densidade dos esporos) parece-me fazer parte da explicação
Abraços
Polecat- Carpóforo
- Número de Mensagens : 439
Fungónimo : stametóide
Reputação : 5
Data de inscrição : 05/12/2007
Re: História de fim-de semana: O cogumelo dos artistas
Caro Polecat,
Deixe-me citar algumas das frases nas mensagens anteriores para explicar o meu ponto de vista.
À sua explicação
O que eu queria dizer é que a explicação dada, tirando a referencias aos fenómenos electromagnéticos, me parecia ser a verdadeira. Depois, o Manel colocou a explicação dada pelo Carlos Venade em livro, que basicamente é a mesma que a sua (sem os fenómenos
electromagnéticos).
Na sua última mensagem, referindo-se à minha frase acima mencionada, afirma:
Um abraço,
Lebre
Deixe-me citar algumas das frases nas mensagens anteriores para explicar o meu ponto de vista.
À sua explicação
eu respondi:Polecat escreveu:
Acredito que os esporos se depositem na parte superior do chapéu talvez por estes serem de baixíssima densidade e que uma vez soltos pelos basídios no himénio, em vez de "cairem", pairem no ar de maior densidade e sejam talvez atraídos à parte superior do chapéu por força electromagnética que se faria exercer mais que a força gravitacional em si.
Claro, é só uma teoria, mas por enquanto não encontro melhor explicação ;
Lebre escreveu:
O fenómero que refere é deveras intrigante, mas não há dúvida que o cogumelo estava cheio de esporos na parte de cima e não havia vestígio algum de ter havido um outro sobre ele. Provavelmente a sua explicação estará próxima da que verdade, pois custa a crer que haja fenómenos electomagnéticos envolvidos.
O que eu queria dizer é que a explicação dada, tirando a referencias aos fenómenos electromagnéticos, me parecia ser a verdadeira. Depois, o Manel colocou a explicação dada pelo Carlos Venade em livro, que basicamente é a mesma que a sua (sem os fenómenos
electromagnéticos).
Na sua última mensagem, referindo-se à minha frase acima mencionada, afirma:
pois, no meu entender, é exactamente por a Força Electromagnética ser um dos fenómenos físicos omnipresentes que não deve ser levado em conta para a explicação. Estes fenómenos fazem sentir a sua acção para além do habitual quando provocados (por exemplo, ao usarmos a electricidade em casa, por acção de relâmpagos, etc.).Polecat escreveu:
Não tenho a certeza se percebi a frase
Mas quanto à última nota, posso adiantar que a Força Electromagnética é um dos fenómenos físicos omnipresentes que regem interacções entre qualquer átomo, apesar de raramente a percepcionarmos ela está em todo o lado a toda a hora.
Um abraço,
Lebre
Lebre- Carpóforo
- Número de Mensagens : 1208
Reputação : 9
Data de inscrição : 04/01/2009
Uma pequena correcção
O livro onde li a explicação em causa, é do Carlos Venade. Mas ele não é o autor. Perdoem-me não me lembrar qual o livro.
Polecat, tenho uma série de cogumelos para identificar, mas no momento ando com pouca disponibilidade. Mas tenho pena e vou dando aqui uma olhadela.
Até breve!
Manel
Polecat, tenho uma série de cogumelos para identificar, mas no momento ando com pouca disponibilidade. Mas tenho pena e vou dando aqui uma olhadela.
Até breve!
Manel
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