Amanitas

Também por zonas do Sicó, cujo terreno é em grande parte calcário, encontrei vários exemplares de uma espécie q me chamou a atenção pelas suas dimensões...


...como se pode constatar pelas agulhas no chão fica junto a 1 pinhal.


...chapéu com cerca de 30cm de diâmetro, pé com cerca de 25cm de altura e com 1 estriado q mais parece flocos de neve ...q se cola por todo o lado.. aqui já n dá para ver esse pormenor pois é dificil manté-lo intacto...
Têm também uma volva bastante pronunciada e resistente.



Entretanto já voltei a encontrar mais...e pelo q tive a ver...parece-me ser o Amanita ovoidea.
Esta é uma boa espécie comestível segundo alguns livros...mas como haver dificuldade de o distiguir dos Amanitas mortais...é melhor nao o provar...
...a não ser q alguém saiba 1 segredo q torna infalível a sua distinção em tempo util..(sem reagentes, microscópios, etc)

Há uma espécie muito semelhante a Amanita ovoidea que pode originar confusões e é tóxica: trata-se de Amanita proxima, uma espécie 'mediterrânica', que se distingue essencialmente pela volva de cor ocre. Neste caso, apesar da volva não ter um tom tão carregado como aquele que é normalmente atribuído a A. proxima, parece-me verificar que a volva não é integralmente branca (apesar de poder ter tons avermelhados), como em A. ovoidea. No entanto, inclino-me para que se trate de A. ovoidea pelo seguinte conjunto de caracteres:

- tamanho do píleo (A. proxima atinge, pelos registos a que tive acesso, no máximo 15cm de diâmetro);
- ausência de anel nos exemplares desenvolvidos e estipe floconoso;
- habitat (A. proxima não está referenciada em pinhais e tem uma distribuição mais meridional).

No entanto, para que seja bem claros os perigos em caso de confusão com A. proxima, deixo um excerto que encontrei na net:

"Amanita proxima is a mushroom seldomy encountered, similar to a common and edible species: Amanita ovoïdae. During October 1992, we had the opportunity to care for five cases of intoxications with Amanita proxima. In all cases early digestive disorders, cytolytic hepatitis and acute renal failure were noted. Outcome was favourable for all patients within three weeks with total recovery of both renal and hepatic functions with symptomatic treatment. Temporary dialysis was required in four patients."

Seja como for, é um excelente registo. É uma espécie muito pouco frequente e normalmente encontra-se bastante mais a Sul, embora eu já a tenha encontrado uma única vez numa zona mista de acácias, eucaliptos e pinhal, próximo a S. Pedro de Moel.

....provavelmente alguma da cor da volva pode estar relacionado com o solo argiloso em q se encontram..!?

Talvez. Mas a própria volva altera a cor... Pode ser isso que se observa na segunda fotografia. De qualquer forma, por aquilo que referi, quase de certeza que é uma ovoidea.