Amanitas de Sintra: Formas primaveris

Desta vez estou seguro quanto ao género. Apresento-vos dois exemplares de amanitas jovens colhidos em pinhais de Sintra. O 1º exemplar é de A. rubescens (penso eu de que) e o 2º exemplar, afinal a razão de ser deste tópico, penso ser de uma das espécies A. bouderi ou A. gracilior, por ser muito semelhante ao exemplar que o zt nos trouxe há umas semanas atrás no tópico "Amanita Echinocephala?"
Lebre

1º Exemplar:



2º Exemplar:

A primeira é seguramente A. rubescens.
A segunda parece a muito interessante e rara Amanita beillei ou Amanita boudieri f. beillei
Vê este tópico mais ou menos da mesma altura no ano passado.

Zamanita escreveu:A primeira é seguramente A. rubescens.
A segunda parece a muito interessante e rara Amanita beillei ou Amanita boudieri f. beillei
Vê este tópico mais ou menos da mesma altura no ano passado.

Excelentes notícias, Zamanita.
Eu já tinha observado a cor rosada mais intensa das lâminas do que no exemplar do tópico que citei. Além disso, estive a ler a descrição da espécie Amanita beillei ou Amanita boudieri f. beillei e observo também, tal como tu no tópico do ano passado que indicaste, a existência de anéis na parte de cima da volva. Anexo mais duas fotografias onde esses anéis são claramente visíveis bem como o revestimento piramidal da volva.
Ainda bem que sequei o exemplar. Os meus agradecimentos,
Lebre

Optimo! Estes exemplares supostamente raros devem ser secos e bem conservados para uma posterior confirmação e referenciação.
Parabéns pela recolha

Tenho algumas dúvidas se será A. boudieri...

As formas dos restos do véu fazem lembrar Amanita singeri ou Amanita codinae... Não posso aprofundar mais agora porque não tenho aqui os meus catrapázios, mas amanhã talvez possa acrescentar alguma coisa.

Pedro Claro escreveu:Tenho algumas dúvidas se será A. boudieri...

As formas dos restos do véu fazem lembrar Amanita singeri ou Amanita codinae... Não posso aprofundar mais agora porque não tenho aqui os meus catrapázios, mas amanhã talvez possa acrescentar alguma coisa.

Caro Pedro,
Estive a ler as descrições destas espécies no site de R.E. Tulloss e nem uma nem outro se assemelham à da espécie proposta pelo Zamanita, Amanita beillei ou Amanita boudieri f. beillei, cuja descrição naquele site assenta que nem uma luva ao meu exemplar. Os caracteres da espécie A. singeri são mesmo muito distintos dos do meu exemplar.
Mas o propósito desta mensagem é dar alguns dados da microscopia que efectuei e que também eles me parecem apontar para a espécie proposta pelo Zamanita. Apresento-os em anexo.
Lebre

Medidas dos esporos, obtidas usando o programa Piximètre:
10.3 [12.2 ; 12.9] 14.8 x 4.5 [5.8 ; 6.4] 7.7
Q = 1.4 [2 ; 2.2] 2.8 ; N = 33 ; C = 95%
Me = 12.56 x 6.12 ; Qe = 2.09

Nota: As medidas relativas ao comprimento podem pecar ligeiramente por defeito, pois não foi contabilizado o tamanho do poro germinativo quando este se apresentava naquela direcção.

Fotografias

Obrigado, Mycota, pelo entusiasmo com que tem apreciado os diversos tópicos.
Neste caso, para prezervar o título sem qualquer dúvida, vou ter de fazer uma breve incursão à Berlenga, pois retirando os "arquipélagos" da Madeira e Açores não conheço ponto mais ocidental.
Estava naturalmente a brincar, mas na altura eu também tentei obter alguma certeza relativamente à identificação e o material viajou para os EUA para o herbário de  Rodham Tulloss. Infelizmente, ao fim de todo este tempo não recebi dele qualquer informação.
Relativamente à questão do terreno: não era arenoso!
Cumprimentos,
Lebre