Coprinus s.l. sp.

Desta vez venho apresentar um cogumelo do género Coprinellus, que penso ser da espécie C. micaceus. Os exemplares foram observados em Monsanto, numa zona dominada por abetos. Estavam já em avançado estado de maturação, pelo que o chapéu se apresentava revirado, ostentando ainda algumas palhetas brilhantes na parte do disco. Anexo algumas imagens.
Lebre

Não creio que se trate de C. micaceus. O chapéu parece-me pouco carnudo e, pelo que tenho observado, em C. micaceus o chapéu nunca 'revira' com o amadurecimento. É um género muito complicado e com muitas espécies semelhantes, mas esta espécie em particular parece-se bastante com uma que encontro com frequência e que ainda não consegui identificar.

Obrigado, Pedro, pelas observações.
Eu não tenho assim tanta experiência de Coprinellus micaceus, que apenas encontrei duas vezes, para saber das tendências ou não do "revirar" do chapéu. Depois de ler as observações que coloca, procurei espécies próximas com essa tendência e que apresentem restos de véu no chapéu. Acabei por encontrar duas:
(1) Coprinellus domesticus (penso ser esta a designação actual) - ver aqui- que penso que habitualmente é mais encorpado que os meus exemplares;
(2) Coprinopsis lagopus - ver aqui - cujo principal óbice é normalmente apresentar o pé tomentoso.
Foi tudo o que consegui apurar até agora.
Um abraço,
Lebre

Tendo-se concluído que a espécie Coprinellus micaceus não tem as características dos exemplares apresentados e da análise do conjunto de fotografias presentes na página calphotos.berkeley.edu, parece-me que a melhor alternativa de classificação é Coprinopsis lagopus, pelo que alterei o título deste tópico em conformidade.
Lebre

O problema é que o pé tomentoso é uma característica de C. lagopus e não a observo nos exemplares que ilustras, o que, na minha perspectiva, invalida a tua proposta.

Volto a referir, mais uma vez, que certos géneros (como é o caso de Coprinus sensu lato) têm espécies com muitas semelhanças macroscópicas entre si e, por vezes, é impossível identificar com certeza a espécie. Eu compreendo que há necessidade de colocarmos uma etiqueta nos exemplares que colhemos, mas vão aparecer muitas espécies para as quais não é fácil encontrar um nome que se ajuste e não me parece uma abordagem correcta 'forçar' a atribuição de um epíteto quando as características não encaixam. Portanto, para já e enquanto não surgirem mais sugestões, eu deixaria como Coprinopsis sp. ou Coprinus s.l. sp. (pode não se tratar de um coprinopsis).

Caro Pedro,
Acho que é uma boa sugestão.
Lebre