Saída exploratória à Serra de Grândola
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Saída exploratória à Serra de Grândola
Este fim de semana tive o enorme prazer de fazer uma saída exploratória à Serra de Grândola, próximo a Santa Margarida da Serra, na companhia de alguns amigos do fórum (Zamanita, Mycota, zt, *ento*loma*) e de outros interessados neste mundo maravilhoso dos cogumelos.
Foi um fim de semana em cheio, recheado de boas descobertas micológicas e de um saudável convívio entre todos. Os meus agradecimentos a todos e em particular ao Mycota, nosso administrador, por ter organizado este fim de semana e por ter disponibilizado estadia.
Para que se possa ir colocando mais informação sobre esta saída, vou elencar provisoriamente as espécies encontradas e aguardar que todos contribuam para o enriquecimento deste tópico.
Habitat: típico montado de sobreiro, com zonas de estevas (riquíssimas em cogumelos!) e alguns pinheiros.
Espécies encontradas:
Amanita caesarea
Amanita citrina
Amanita curtipes
Amanita franchetii
Amanita junquilea (= Amanita gemmata)
Amanita muscaria
Amanita pantherina
Amanita rubescens
Amanita vaginata
Astraeus hygrometricus
Aureoboletus gentilis
Auricularia auricula-judae
Boletus aereus
Boletus edulis
Calocera cornea
Cantharellus cibarius
Clavariadelphus pistillaris
Clavulina cristata
Clitocybe costata
Clitocybe gibba
Cortinarius elatior
Cortinarius rufo-olivaceus (confirmado com KOH, reacção verde olivácea e depois castanha no contexto)
Cortinarius trivialis
Crepidotus mollis
Entoloma cf. clypeatum
Gymnopilus junonius (= Gymnopilus spectabilis)
Gymnopilus cf. suberis
Gymnopus erythropus (=Collybia erythropus)
Gyroporus castaneus
Hericium erinaceus (nova proposta a confirmar: Hericium cirrhatum)
Hygrophorus cossus (confirmado com KOH, reacção negativa na base do estipe)
Hygrophorus persoonii (confirmado com amónia, reacção verde no píleo)
Inocybe geophylla var. lilacina
Lactarius atlanticus
Lactarius chrysorrheus
Lactarius cistophilus
Lactarius rugatus
Lactarius sanguifluus (var. vinosus?)
Lactarius semisanguifluus
Lactarius tesquorum
Lactarius zonarius
Leccinellum corsicum
Leccinellum lepidum
Leocarpus fragilis (mixomicete)
Macrolepiota konradii
Macrolepiota procera
Mycena haematopus
Phallus impudicus
Pholiota highlandensis
Pisolithus tinctorius
Pleurotus ostreatus (um enorme tufo, a crescer de um toco de sobreiro)
Pluteus cervinus
Rhodocollybia butyracea (=Collybia butyracea)
Russula anthracina (reacções químicas inconclusivas, mas seguindo chave macroscópica não deixou grandes dúvidas)
Russula chloroides (confirmada com FeSO4, reacção rosa débil)
Russula cyanoxantha
Russula helios
Scleroderma citrinum
Suillus bellinii
Suillus collinitus
Tremella mesenterica
Tricholoma acerbum
Tricholoma cf. basirubens
Tricholoma atrosquamosum var. squarrulosum
Tricholoma sulphureum
Volvariella gloiocephala
Portanto, 66 espécies identificadas (com pouca margem de erro), embora a lista possa crescer porque algum pessoal levou trabalho de casa e é bem possível que me tenha esquecido de apontar algumas espécies. Para além do que está aqui escrito, ficaram, sem exagero, mais umas 20 ou 30 espécies por identificar, entre Entoloma, Cortinarius, Scleroderma, Russula, Lactarius, etc... Um fim de semana em cheio!!!
Assim que possível, seguem-se as fotografias.
Foi um fim de semana em cheio, recheado de boas descobertas micológicas e de um saudável convívio entre todos. Os meus agradecimentos a todos e em particular ao Mycota, nosso administrador, por ter organizado este fim de semana e por ter disponibilizado estadia.
Para que se possa ir colocando mais informação sobre esta saída, vou elencar provisoriamente as espécies encontradas e aguardar que todos contribuam para o enriquecimento deste tópico.
Habitat: típico montado de sobreiro, com zonas de estevas (riquíssimas em cogumelos!) e alguns pinheiros.
Espécies encontradas:
Amanita caesarea
Amanita citrina
Amanita curtipes
Amanita franchetii
Amanita junquilea (= Amanita gemmata)
Amanita muscaria
Amanita pantherina
Amanita rubescens
Amanita vaginata
Astraeus hygrometricus
Aureoboletus gentilis
Auricularia auricula-judae
Boletus aereus
Boletus edulis
Calocera cornea
Cantharellus cibarius
Clavariadelphus pistillaris
Clavulina cristata
Clitocybe costata
Clitocybe gibba
Cortinarius elatior
Cortinarius rufo-olivaceus (confirmado com KOH, reacção verde olivácea e depois castanha no contexto)
Cortinarius trivialis
Crepidotus mollis
Entoloma cf. clypeatum
Gymnopilus junonius (= Gymnopilus spectabilis)
Gymnopilus cf. suberis
Gymnopus erythropus (=Collybia erythropus)
Gyroporus castaneus
Hericium erinaceus (nova proposta a confirmar: Hericium cirrhatum)
Hygrophorus cossus (confirmado com KOH, reacção negativa na base do estipe)
Hygrophorus persoonii (confirmado com amónia, reacção verde no píleo)
Inocybe geophylla var. lilacina
Lactarius atlanticus
Lactarius chrysorrheus
Lactarius cistophilus
Lactarius rugatus
Lactarius sanguifluus (var. vinosus?)
Lactarius semisanguifluus
Lactarius tesquorum
Lactarius zonarius
Leccinellum corsicum
Leccinellum lepidum
Leocarpus fragilis (mixomicete)
Macrolepiota konradii
Macrolepiota procera
Mycena haematopus
Phallus impudicus
Pholiota highlandensis
Pisolithus tinctorius
Pleurotus ostreatus (um enorme tufo, a crescer de um toco de sobreiro)
Pluteus cervinus
Rhodocollybia butyracea (=Collybia butyracea)
Russula anthracina (reacções químicas inconclusivas, mas seguindo chave macroscópica não deixou grandes dúvidas)
Russula chloroides (confirmada com FeSO4, reacção rosa débil)
Russula cyanoxantha
Russula helios
Scleroderma citrinum
Suillus bellinii
Suillus collinitus
Tremella mesenterica
Tricholoma acerbum
Tricholoma cf. basirubens
Tricholoma atrosquamosum var. squarrulosum
Tricholoma sulphureum
Volvariella gloiocephala
Portanto, 66 espécies identificadas (com pouca margem de erro), embora a lista possa crescer porque algum pessoal levou trabalho de casa e é bem possível que me tenha esquecido de apontar algumas espécies. Para além do que está aqui escrito, ficaram, sem exagero, mais umas 20 ou 30 espécies por identificar, entre Entoloma, Cortinarius, Scleroderma, Russula, Lactarius, etc... Um fim de semana em cheio!!!
Assim que possível, seguem-se as fotografias.
Última edição por Pedro Claro em Qui 14 Jan 2010, 09:36, editado 8 vez(es) (Motivo da edição : Acrescento de algumas espécies e actualização dos nomes segundo o IndexFungorum (com mais alguns pequenos acréscimos))
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
olá, Pedro
Agradeço desde já o excelente fim de semana que tive nesta saída a Grandola, a minha 1ª a sério, e que aprendi muita coisa, um bom convivio entre todos como o Pedro já referiu, e todos muito concentrados em aproveitar ao máximo o tempo juntos de modo a identificar/enriquecer a micologia portuguesa. Vale muito a pena aprender com pessoas assim.
Agora assim de repente olhando para a lista de espécies identificadas verifiquei a falta da Amanita caesarea que pelos vistos já não devia aparecer por esta altura, mas o que é certo é que foi identificada, diga-se de passagem que foi a 1ª vez que a vi.
Um grande obrigado a todos: Pedro Claro, Ento loma, Zamanita, Ricardo Castilho e os meus amigos Cátia e Marco.
Abraços
Agradeço desde já o excelente fim de semana que tive nesta saída a Grandola, a minha 1ª a sério, e que aprendi muita coisa, um bom convivio entre todos como o Pedro já referiu, e todos muito concentrados em aproveitar ao máximo o tempo juntos de modo a identificar/enriquecer a micologia portuguesa. Vale muito a pena aprender com pessoas assim.
Agora assim de repente olhando para a lista de espécies identificadas verifiquei a falta da Amanita caesarea que pelos vistos já não devia aparecer por esta altura, mas o que é certo é que foi identificada, diga-se de passagem que foi a 1ª vez que a vi.
Um grande obrigado a todos: Pedro Claro, Ento loma, Zamanita, Ricardo Castilho e os meus amigos Cátia e Marco.
Abraços
ZecTarius- Carpóforo
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Reputação : 1
Data de inscrição : 20/10/2008
Um importante tijolo na construção da Micologia Portuguesa
Olá amigos, colegas e entusiastas,
Durante o fim de semana de 18, 19 e 20 de Dezembro um dos mais proeminentes grupos da Micologia Portuguesa realizou mais uma minuciosa expedição em território nacional.
ÂMBITO
Esta saída ambicionava iniciar um levantamento de ocorrências de macrofungos na Serra de Grândola, Litoral-Norte Alentejano, contribuindo assim, para o enriquecimento das bases de dados micológicas portuguesas. Que esta expedição tenha sido uma a continuação em constante melhoria do que vem acontecendo há uns anos a esta parte. Que se enriqueça o conhecimento micológico português e descreva a nossa riqueza natural.
ÁREA ABRANGIDA
A área explorada corresponde a mais de 90 hectares xistosos, de relevo acentuado entre 150 a 200 metros de altitude. Montados de Quercus suber (Sobreiro) dominavam a paisagem, algumas zonas dominadas por Cistus sp. (Estevas) foram também consideravelmente batidas. Por toda a área estudada, Arbutus unedo (Medronheiro) esteve presente de forma constante.
A EQUIPA
Munida de bibliografia referenciada, microscópios e reagentes químicos, a equipa exploradora, constituída por vários micófilos, entre os quais, experientes micólogos amadores e de profissão, identificaria com segurança as cerca de seis dezenas de espécies diferentes já referidas. Os agradecimentos estendem-se a muitos, a todos os presentes mas também a muitos ausentes em Grândola, quem faz parte da equipa, sabe-o.
BALANÇO
No final dos trabalhos, o saldo seria mais do que positivo. entre 80 a 100 espécies avistadas, mais de 6 dezenas identificadas com exactidão e segurança. Uma das nossas belas Serras, está agora mais rica e bem descrita na sua biodiversidade. Destacam-se algumas espécies descritas na Europa como raras ou menos abundantes, brevemente aqui exibidas por alguns membros da equipa. A equipa, ou grupo de amigos acima de tudo, está de parabéns e de certo que já se esfregam as mãos a pensar em expedições futuras.
O FUTURO
Existe a possibilidade e alguma vontade de brevemente haver mais uma mini-expedição num local a definir (Arrábida, Centro, Norte, Sintra?..). Tal como acontece há alguns anos, estas saídas vão acontecendo com equipas mutáveis, onde qualquer micófilo dedicado é convidado e recebido de braços abertos e onde o elitismo é termo a combater. Esperamos todos, que esta equipa venha a crescer ou mesmo a multiplicar-se, e para isso temos o Cogumelos de Portugal, como sendo um braço que se estende aos micófilos portugueses, que aí andam com potencial adormecido.
Esperemos então por algumas fotos desta expedição,
Bem Haja e Boas Festas a todos vós
Vasco Fachada
Durante o fim de semana de 18, 19 e 20 de Dezembro um dos mais proeminentes grupos da Micologia Portuguesa realizou mais uma minuciosa expedição em território nacional.
ÂMBITO
Esta saída ambicionava iniciar um levantamento de ocorrências de macrofungos na Serra de Grândola, Litoral-Norte Alentejano, contribuindo assim, para o enriquecimento das bases de dados micológicas portuguesas. Que esta expedição tenha sido uma a continuação em constante melhoria do que vem acontecendo há uns anos a esta parte. Que se enriqueça o conhecimento micológico português e descreva a nossa riqueza natural.
ÁREA ABRANGIDA
A área explorada corresponde a mais de 90 hectares xistosos, de relevo acentuado entre 150 a 200 metros de altitude. Montados de Quercus suber (Sobreiro) dominavam a paisagem, algumas zonas dominadas por Cistus sp. (Estevas) foram também consideravelmente batidas. Por toda a área estudada, Arbutus unedo (Medronheiro) esteve presente de forma constante.
A EQUIPA
Munida de bibliografia referenciada, microscópios e reagentes químicos, a equipa exploradora, constituída por vários micófilos, entre os quais, experientes micólogos amadores e de profissão, identificaria com segurança as cerca de seis dezenas de espécies diferentes já referidas. Os agradecimentos estendem-se a muitos, a todos os presentes mas também a muitos ausentes em Grândola, quem faz parte da equipa, sabe-o.
BALANÇO
No final dos trabalhos, o saldo seria mais do que positivo. entre 80 a 100 espécies avistadas, mais de 6 dezenas identificadas com exactidão e segurança. Uma das nossas belas Serras, está agora mais rica e bem descrita na sua biodiversidade. Destacam-se algumas espécies descritas na Europa como raras ou menos abundantes, brevemente aqui exibidas por alguns membros da equipa. A equipa, ou grupo de amigos acima de tudo, está de parabéns e de certo que já se esfregam as mãos a pensar em expedições futuras.
O FUTURO
Existe a possibilidade e alguma vontade de brevemente haver mais uma mini-expedição num local a definir (Arrábida, Centro, Norte, Sintra?..). Tal como acontece há alguns anos, estas saídas vão acontecendo com equipas mutáveis, onde qualquer micófilo dedicado é convidado e recebido de braços abertos e onde o elitismo é termo a combater. Esperamos todos, que esta equipa venha a crescer ou mesmo a multiplicar-se, e para isso temos o Cogumelos de Portugal, como sendo um braço que se estende aos micófilos portugueses, que aí andam com potencial adormecido.
Esperemos então por algumas fotos desta expedição,
Bem Haja e Boas Festas a todos vós
Vasco Fachada
Mycena haematopus
Olá amigos,
Não fui dos que mais fotografei, mas aqui seguem umas fotos da repetidamente observada Mycena haematopus.
Esta espécie distingue-se bem pela sua ecologia lenhícola, decompondo e crescendo em madeira morta, pelo pé jorrando ou pingando (consoante a humidade presente no ar e substrato) um látex cor de vinho quando ferido e pela margem dentada ou espigada do chapéu.
Um detalhe interessante foi o látex presente também nas lâminas feridas, algo raramente descrito. Trata-se possivelmente dum caracter influenciado pelas fortes chuvas ou talvez possa ser uma variação biogeográfica ainda não descrita, quem sabe o suficiente para nomear uma variedade de Mycena haematopus no futuro.
Não fui dos que mais fotografei, mas aqui seguem umas fotos da repetidamente observada Mycena haematopus.
Esta espécie distingue-se bem pela sua ecologia lenhícola, decompondo e crescendo em madeira morta, pelo pé jorrando ou pingando (consoante a humidade presente no ar e substrato) um látex cor de vinho quando ferido e pela margem dentada ou espigada do chapéu.
Um detalhe interessante foi o látex presente também nas lâminas feridas, algo raramente descrito. Trata-se possivelmente dum caracter influenciado pelas fortes chuvas ou talvez possa ser uma variação biogeográfica ainda não descrita, quem sabe o suficiente para nomear uma variedade de Mycena haematopus no futuro.
Polecat- Carpóforo
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Data de inscrição : 05/12/2007
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Viva
Partilho os agradecimentos e as congratulações dos meus colegas de expedição...
Foi um fim de semana muito bem passado, muito proveitoso, centrado naquilo que nos une, seja numa vertente mais científica (o rigor científico foi uma prioridade) ou mais gastronómica...
Muito se aprendeu e ensinou contribuindo mais um pouco para o conhecimento da Micologia em Portugal, particularmente nesta região do litoral norte alentejano.
Conto colocar algumas fotos de espécies identificadas mas de momento não tenho possibilidade. Talvez na próxima semana...
Um agradecimento especial ao Mycota por nos acolher e possibilitar este encontro e votos para que este tipo de iniciativas se continuem a desenvolver (quem sabe um pouco por todo o país...).
José Miguel Pereira
Partilho os agradecimentos e as congratulações dos meus colegas de expedição...
Foi um fim de semana muito bem passado, muito proveitoso, centrado naquilo que nos une, seja numa vertente mais científica (o rigor científico foi uma prioridade) ou mais gastronómica...
Muito se aprendeu e ensinou contribuindo mais um pouco para o conhecimento da Micologia em Portugal, particularmente nesta região do litoral norte alentejano.
Conto colocar algumas fotos de espécies identificadas mas de momento não tenho possibilidade. Talvez na próxima semana...
Um agradecimento especial ao Mycota por nos acolher e possibilitar este encontro e votos para que este tipo de iniciativas se continuem a desenvolver (quem sabe um pouco por todo o país...).
José Miguel Pereira
Zamanita- Carpóforo
- Número de Mensagens : 746
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Amanita curtipes; Amanita vaginata; Amanita franchetii
Já fiz a selecção das fotografias realizadas no fim de semana em Grândola e vou começar a colocá-las neste tópico, complementando as que já foram apresentadas pelo Polecat e na esperança que os restantes participantes no encontro completem a informação ou coloquem outras fotografias registadas nestes magníficos dois dias de Micologia.
Vou começar pela família Amanitaceae, mais concretamente por algumas espécies do género Amanita que foram encontradas.
Amanita curtipes
Amanita vaginata
Para além destes dois exemplares, foi ainda encontrado um exemplar que, ao que tudo indica, pertencia à variedade elongata, que se distingue por um ratio comprimento do estipe/diâmetro do píleo superior a 3. Infelizmente não tenho registos desse exemplar.
Amanita franchetii
Esta espécie pouco comum a rara ocorre em bosques termófilos de Quercus e pertence ao complexo rubescens/spissa, diferenciando-se destas duas espécies pela presença de um véu universal de cor amarela que, nos esporóforos plenamente desenvolvidos, é verificável pelos restos fragmentados no píleo e na base do estipe, como se pode observar na foto seguinte.
O píleo pode apresentar uma enorme variabilidade cromática, desde o creme ao castanho-escuro, passando pelo amarelo, amarelo-esverdeado e diversas tonalidades de castanho, sendo, por isso, essencial verificar os restos do véu universal para uma correcta identificação da espécie.
Vou começar pela família Amanitaceae, mais concretamente por algumas espécies do género Amanita que foram encontradas.
Amanita curtipes
Amanita vaginata
Para além destes dois exemplares, foi ainda encontrado um exemplar que, ao que tudo indica, pertencia à variedade elongata, que se distingue por um ratio comprimento do estipe/diâmetro do píleo superior a 3. Infelizmente não tenho registos desse exemplar.
Amanita franchetii
Esta espécie pouco comum a rara ocorre em bosques termófilos de Quercus e pertence ao complexo rubescens/spissa, diferenciando-se destas duas espécies pela presença de um véu universal de cor amarela que, nos esporóforos plenamente desenvolvidos, é verificável pelos restos fragmentados no píleo e na base do estipe, como se pode observar na foto seguinte.
O píleo pode apresentar uma enorme variabilidade cromática, desde o creme ao castanho-escuro, passando pelo amarelo, amarelo-esverdeado e diversas tonalidades de castanho, sendo, por isso, essencial verificar os restos do véu universal para uma correcta identificação da espécie.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Cortinarius trivialis; C. rufo-olivaceus; cf. splendens
Prossigo com algumas fotografias de espécies do género Cortinarius.
Cortinarius trivialis
Esta é uma espécie comum, fácil de distinguir pelo esporóforo completamente víscido (sub-género Myxacium) e pela ornamentação anelada do estipe, como se pode verificar na fotografia seguinte.
Cortinarius rufo-olivaceus
Cortinarius sp. #1
Observando atentamente as fotografias, fica a possibilidade de se tratar de mais exemplares de C. rufo-olivaceus, mas sem certeza.
Cortinarius sp. #2
Esta espécie não identificada, mas que poderá pertencer ao grupo de Cortinarius splendens (espécie considerada mortal), apresentava, quando recolhida, uma extraordinária semelhança com os míscaros (Tricholoma equestre) - ao ponto de eu próprio, que recolho e consumo T. equestre desde sempre, a ter confundido! Claro que após uma observação mais cuidada, a base do estipe bolbosa e a presença dos restos de cortina desmascararam o 'impostor'. No entanto, fica o aviso! Embora a confusão de T. equestre por Amanita phalloides seja difícil de compreender pelas evidentes diferenças entre as duas espécies, esta espécie de Cortinarius poderia ser facilmente confundida com T. equestre mesmo por alguém um pouco mais atento.
Outra perspectiva de um dos exemplares, na qual se pode verificar já o típico tom acastanhado que as lâminas dos cortinários plenamente desenvolvidos adquire, embora neste caso fossem inicialmente amarelas, o que ajuda à confusão:
Cortinarius trivialis
Esta é uma espécie comum, fácil de distinguir pelo esporóforo completamente víscido (sub-género Myxacium) e pela ornamentação anelada do estipe, como se pode verificar na fotografia seguinte.
Cortinarius rufo-olivaceus
Cortinarius sp. #1
Observando atentamente as fotografias, fica a possibilidade de se tratar de mais exemplares de C. rufo-olivaceus, mas sem certeza.
Cortinarius sp. #2
Esta espécie não identificada, mas que poderá pertencer ao grupo de Cortinarius splendens (espécie considerada mortal), apresentava, quando recolhida, uma extraordinária semelhança com os míscaros (Tricholoma equestre) - ao ponto de eu próprio, que recolho e consumo T. equestre desde sempre, a ter confundido! Claro que após uma observação mais cuidada, a base do estipe bolbosa e a presença dos restos de cortina desmascararam o 'impostor'. No entanto, fica o aviso! Embora a confusão de T. equestre por Amanita phalloides seja difícil de compreender pelas evidentes diferenças entre as duas espécies, esta espécie de Cortinarius poderia ser facilmente confundida com T. equestre mesmo por alguém um pouco mais atento.
Outra perspectiva de um dos exemplares, na qual se pode verificar já o típico tom acastanhado que as lâminas dos cortinários plenamente desenvolvidos adquire, embora neste caso fossem inicialmente amarelas, o que ajuda à confusão:
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Lactarius cistophilus; Lactarius rugatus
Agora duas espécies de Lactarius.
Lactarius cistophilus
Espécie tipicamente mediterrânica e associada a estevas (Cistus spp.), pertence à secção Uvidi e caracteriza-se, para além do habitat exclusivo, pelo látex branco que origina uma viragem ao violeta nas zonas do carpórofo com as quais contacta, como se pode verificar na fotografia seguinte.
Estes outros exemplares apresentavam um escrobiculado bastante pronunciado...
... como se pode ver em detalhe nesta fotografia.
Lactarius rugatus
Outra espécie bastante abundante na zona de sobreiros, Lactarius rugatus caracteriza-se por uma cor do píleo laranja-salmão bastante típica, pelo látex branco e pelas rugosidades que apresenta na margem do píleo e que são bastante evidentes no exemplar que se observa a seguir.
Os exemplares de L. rugatus encontrados e colhidos acabaram na frigideira, a acompanhar os outros lactários da secção Depetes (L. sanguifluus e L. semisanguifluus) num salteado com pickles que resultou bastante saboroso...
Lactarius cistophilus
Espécie tipicamente mediterrânica e associada a estevas (Cistus spp.), pertence à secção Uvidi e caracteriza-se, para além do habitat exclusivo, pelo látex branco que origina uma viragem ao violeta nas zonas do carpórofo com as quais contacta, como se pode verificar na fotografia seguinte.
Estes outros exemplares apresentavam um escrobiculado bastante pronunciado...
... como se pode ver em detalhe nesta fotografia.
Lactarius rugatus
Outra espécie bastante abundante na zona de sobreiros, Lactarius rugatus caracteriza-se por uma cor do píleo laranja-salmão bastante típica, pelo látex branco e pelas rugosidades que apresenta na margem do píleo e que são bastante evidentes no exemplar que se observa a seguir.
Os exemplares de L. rugatus encontrados e colhidos acabaram na frigideira, a acompanhar os outros lactários da secção Depetes (L. sanguifluus e L. semisanguifluus) num salteado com pickles que resultou bastante saboroso...
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Gymnopus erythropus; Pleurotus ostreatus
Segue-se uma miscelânea de espécies com lâminas...
Collybia (Gymnopus) erythropus
Entoloma sp.
O *ento*loma* ficou levou alguns exemplares para casa para tentar a identificação, mas não sei se já conseguiu chegar a alguma conclusão.
Mycena haematopus
O Polecat já colocou fotos mais elucidativas para a identificação desta espécie, mas ainda assim deixo mais uma.
Pleurotus ostreatus
Directamente de um toco de sobreiro, um belíssimo (e saborosíssimo) conjunto de Pleurotus ostreatus. Estes exemplares acabaram panados pelo zt...
Collybia (Gymnopus) erythropus
Entoloma sp.
O *ento*loma* ficou levou alguns exemplares para casa para tentar a identificação, mas não sei se já conseguiu chegar a alguma conclusão.
Mycena haematopus
O Polecat já colocou fotos mais elucidativas para a identificação desta espécie, mas ainda assim deixo mais uma.
Pleurotus ostreatus
Directamente de um toco de sobreiro, um belíssimo (e saborosíssimo) conjunto de Pleurotus ostreatus. Estes exemplares acabaram panados pelo zt...
Pedro Claro- Basidiocarpo
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A. auricula-judae; Clavariadelphus pistillaris; P. impudicus
Termino a colocação de fotografias com mais uma miscelânea, desta vez de espécies não agaricóides.
Auricularia auricula-judae
Clavariadelphus pistillaris
Phallus impudicus
Encontrámos diversos exemplares ainda na fase de 'ovo' e apenas um exemplar plenamente desenvolvido mas já bastante degradado. No segundo dia não tivemos oportunidade de regressar ao local para documentar, eventualmente, a fase 'adulta' da espécie.
Scleroderma sp.
Este Scleroderma não identificado caracterizava-se pela presença de um pseudo-estipe e de cordões micorrízicos abundantes e extremamente grossos. Infelizmente não nos foi possível consultar bibliografia específica que nos auxiliasse a identificar a espécie, mas talvez colocando aqui a fotografia seja possível alguém dar pistas nesse sentido.
Auricularia auricula-judae
Clavariadelphus pistillaris
Phallus impudicus
Encontrámos diversos exemplares ainda na fase de 'ovo' e apenas um exemplar plenamente desenvolvido mas já bastante degradado. No segundo dia não tivemos oportunidade de regressar ao local para documentar, eventualmente, a fase 'adulta' da espécie.
Scleroderma sp.
Este Scleroderma não identificado caracterizava-se pela presença de um pseudo-estipe e de cordões micorrízicos abundantes e extremamente grossos. Infelizmente não nos foi possível consultar bibliografia específica que nos auxiliasse a identificar a espécie, mas talvez colocando aqui a fotografia seja possível alguém dar pistas nesse sentido.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Em primeiro lugar os meus parabéns ao Pedro Claro e demais protagonistas desta saída pelo excelente registo que nos deixaram até agora dos exemplares observados.
Na última mensagem colocada pelo Pedro Claro neste tópico dois exemplares chamaram a minha atenção. O primeiro dizendo respeito à espécie Phallus impudicos, com excelentes imagens do desenvolvimento "embrionário", pois acontece que precisamente hoje estive a acompanhar a eclosão de um "ovo" desta espécie de que acabo de dar conta no tópico "Adivinha". O segundo exemplar que me despertou curiosidade foi o do género Scleroderma. Este por me ser completamente desconhecido. Como adquiri recentemente um livro espanhol da autoria de B. Llamas Frade e A. Terrón Alfonso, intitulado "Guía de Campo de los Hongos de la Península Ibérica", decidi consultá-lo. Encontrei aí descrita uma espécie, Scleroderma verrucosum, cujas características macroscópicas incluem um pseudo-estipe bem desenvolvido com numerosos cordões micelares. Além disso, a cor e textura do exemplar fotografado assemelham-se bastante ao da fotografia colocada no tópico.
Lebre
Na última mensagem colocada pelo Pedro Claro neste tópico dois exemplares chamaram a minha atenção. O primeiro dizendo respeito à espécie Phallus impudicos, com excelentes imagens do desenvolvimento "embrionário", pois acontece que precisamente hoje estive a acompanhar a eclosão de um "ovo" desta espécie de que acabo de dar conta no tópico "Adivinha". O segundo exemplar que me despertou curiosidade foi o do género Scleroderma. Este por me ser completamente desconhecido. Como adquiri recentemente um livro espanhol da autoria de B. Llamas Frade e A. Terrón Alfonso, intitulado "Guía de Campo de los Hongos de la Península Ibérica", decidi consultá-lo. Encontrei aí descrita uma espécie, Scleroderma verrucosum, cujas características macroscópicas incluem um pseudo-estipe bem desenvolvido com numerosos cordões micelares. Além disso, a cor e textura do exemplar fotografado assemelham-se bastante ao da fotografia colocada no tópico.
Lebre
Lebre- Carpóforo
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Data de inscrição : 04/01/2009
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Obrigado pelas palavras e pela 'dica' para a identificação do Scleroderma, Lebre. Infelizmente a minha bibliografia está muito deficitária neste grupo de espécies (ditas gasteróides) e por isso conto adquirir uma boa monografia em breve; talvez depois se possa ter maior certeza nessa identificação que propões.
Pedro Claro- Basidiocarpo
- Número de Mensagens : 1398
Idade : 50
Reputação : 10
Data de inscrição : 10/12/2007
Excepcional
Boas Pessoal,
Peço dscp, mas foi-me impossível estar presente.
De qq das formas deixo aqui os meus parabéns ao excelente trabalho elaborado.
É da minha opinião que a qualidd deste trabalho n pode passar ao lado da comunidade (pseudo) cientifica "micóloga" de Portugal que tão "grandiosamente" se assambarca com o trabalho e o mérito de terceiros e só publica para ter trabalhos na gaveta... Comunidade essa que até já perseguiu, e ameaçou pessoas deste "grupo".
Já sugeri ao entoloma e mycota, que se reunam estes dados para a elaboração de um poster com a respectiva autoria para surgir num próximo encontro micológico a nivel nacional.
Basta fazer uma descrição do coberto, que me ofereço para fazer, e temos um trabalho de qualidd superior na caracterização do micobiota a um nível biogeográfico...
Vamos avançar com isso e começar a dar a cara pela micologia em Portugal.
Um abraço
Peço dscp, mas foi-me impossível estar presente.
De qq das formas deixo aqui os meus parabéns ao excelente trabalho elaborado.
É da minha opinião que a qualidd deste trabalho n pode passar ao lado da comunidade (pseudo) cientifica "micóloga" de Portugal que tão "grandiosamente" se assambarca com o trabalho e o mérito de terceiros e só publica para ter trabalhos na gaveta... Comunidade essa que até já perseguiu, e ameaçou pessoas deste "grupo".
Já sugeri ao entoloma e mycota, que se reunam estes dados para a elaboração de um poster com a respectiva autoria para surgir num próximo encontro micológico a nivel nacional.
Basta fazer uma descrição do coberto, que me ofereço para fazer, e temos um trabalho de qualidd superior na caracterização do micobiota a um nível biogeográfico...
Vamos avançar com isso e começar a dar a cara pela micologia em Portugal.
Um abraço
Broteroi- micélio secundário
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Reputação : 0
Data de inscrição : 22/01/2008
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Fotos soberbas, especialmente as do Pedro. Parabéns pelo trabalho!
Russula cf. helios
Mais uma, supostamente rara, inicialmente descrita na Sardenha e não encontrei registos de tal ocorrência em solo luso.
Polecat- Carpóforo
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Fungónimo : stametóide
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Data de inscrição : 05/12/2007
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Olá Polecat, no podría ser Russula aurea?
Un saludo.
Un saludo.
Sabino- Primordia
- Número de Mensagens : 142
Fungónimo : Geoglossum
Reputação : 1
Data de inscrição : 23/11/2009
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Oi Sabino! Eu sabia que esta espécie ainda ia dar conversa, ainda bem que a postei
Esta identificação não foi fácil nem pacífica. Quando a vi pensei exactamente no mesmo, "será uma Russula aurea"? Antes de pegar no guia, recordei-me das Russula aurea tinha visto 100 metros ali ao lado em Abril de 2007.
O Guia do Courtecuisse&Duhem levou-me mais rapidamente a Russula helios mas com muitas incertezas. Já em casa com manuais Russulas Europeas de Alfonso de Mena Calvet (agradecimentos ao Loco Gato), algumas dúvidas foram desaparecendo (inclusivé com a utilização de reagentes químicos) e acabei por assumir, contentado por falta de melhores candidatos, a Russula helios.
Pontos que me levaram a optar por Russula helios:
1-Apesar de Bon referir que podem ocorrer formas de Russula aurea com píleo amarelo-vivo, esta espécie encontrada agora apresentava tons consistentemente mais próximos das descrições de Russula helios (amarelo-vivo com disco mais cor de alperce) e surgia numa época diferente daquela em que surge o que identifico como Russula aurea.
2- O cheiro farináceo-frutado e pé frágil e esponjoso
3-Reacções químicas (mas não me lembro quais agora )
Com isto e mais que agora não me lembro, decidi-me com 100% confiança por Russula helios, claro que na minha opinião são sempre precisos 110% de confiança para ficar descansado
De qualquer forma, tenho-a em herbário e ficarei atento à Primavera e tentarei recolher a primeira ocorrência (no link) assim que puder.no link
Entretanto gostava de perguntar-te, já alguma vez encontraste ou tens fotografias de Russula helios? É que tem sido algo extremamente difícil de conseguir. Ajudaria muito, isto porque era uma espécie desconhecida para mim e nunca a tinha visto, a primeira é sempre mais difícil
Esta identificação não foi fácil nem pacífica. Quando a vi pensei exactamente no mesmo, "será uma Russula aurea"? Antes de pegar no guia, recordei-me das Russula aurea tinha visto 100 metros ali ao lado em Abril de 2007.
O Guia do Courtecuisse&Duhem levou-me mais rapidamente a Russula helios mas com muitas incertezas. Já em casa com manuais Russulas Europeas de Alfonso de Mena Calvet (agradecimentos ao Loco Gato), algumas dúvidas foram desaparecendo (inclusivé com a utilização de reagentes químicos) e acabei por assumir, contentado por falta de melhores candidatos, a Russula helios.
Pontos que me levaram a optar por Russula helios:
1-Apesar de Bon referir que podem ocorrer formas de Russula aurea com píleo amarelo-vivo, esta espécie encontrada agora apresentava tons consistentemente mais próximos das descrições de Russula helios (amarelo-vivo com disco mais cor de alperce) e surgia numa época diferente daquela em que surge o que identifico como Russula aurea.
2- O cheiro farináceo-frutado e pé frágil e esponjoso
3-Reacções químicas (mas não me lembro quais agora )
Com isto e mais que agora não me lembro, decidi-me com 100% confiança por Russula helios, claro que na minha opinião são sempre precisos 110% de confiança para ficar descansado
De qualquer forma, tenho-a em herbário e ficarei atento à Primavera e tentarei recolher a primeira ocorrência (no link) assim que puder.no link
Entretanto gostava de perguntar-te, já alguma vez encontraste ou tens fotografias de Russula helios? É que tem sido algo extremamente difícil de conseguir. Ajudaria muito, isto porque era uma espécie desconhecida para mim e nunca a tinha visto, a primeira é sempre mais difícil
Polecat- Carpóforo
- Número de Mensagens : 439
Fungónimo : stametóide
Reputação : 5
Data de inscrição : 05/12/2007
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
No he tenido la suerte de encontrarla.Polecat escreveu:Entretanto gostava de perguntar-te, já alguma vez encontraste ou tens fotografias de Russula helios? É que tem sido algo extremamente difícil de conseguir. Ajudaria muito, isto porque era uma espécie desconhecida para mim e nunca a tinha visto, a primeira é sempre mais difícil
En internet hay una:
http://mycologie.catalogne.free.fr/ImagePagePhoto/Russula_helios.jpg
Sería interesante encontrar más ejemplares para ver su variabilidad y salir de dudas.
Un saludo.
Sabino- Primordia
- Número de Mensagens : 142
Fungónimo : Geoglossum
Reputação : 1
Data de inscrição : 23/11/2009
Leocarpus fragilis; Calocera cornea
Depois das excelentes fotos do Pedro, fica difícil manter o nível...
No que me diz respeito diria mesmo impossível!!
Mas cá vão mais umas espécies encontradas:
A primeira espécie pertence à classe dos Myxomycetes, que pelas suas características intermédias entre animais e fungos, foram colocados por alguns autores no reino Protozoa.
Não tenho experiência nem conhecimentos destea classe de fungos mas depois de pesquisar na bibliografia disponível e na net, proponho a identificação desta espécie como Leocarpus fragilis, o que a confirmar, seria mais uma espécie a acrescentar à lista divulgada pelo Pedro.
Encontrei este report que ajuda a perceber o desenvolvimento da espécie.
A segunda espécie trata-se de Calocera cornea.
Frutificações simples na maioria, apenas dois ou três exemplares ramificados.
...
No que me diz respeito diria mesmo impossível!!
Mas cá vão mais umas espécies encontradas:
A primeira espécie pertence à classe dos Myxomycetes, que pelas suas características intermédias entre animais e fungos, foram colocados por alguns autores no reino Protozoa.
Não tenho experiência nem conhecimentos destea classe de fungos mas depois de pesquisar na bibliografia disponível e na net, proponho a identificação desta espécie como Leocarpus fragilis, o que a confirmar, seria mais uma espécie a acrescentar à lista divulgada pelo Pedro.
Encontrei este report que ajuda a perceber o desenvolvimento da espécie.
A segunda espécie trata-se de Calocera cornea.
Frutificações simples na maioria, apenas dois ou três exemplares ramificados.
...
Zamanita- Carpóforo
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Data de inscrição : 05/12/2007
Hericium cirrhatum
Deixo fotos e descrição de outra espécie encontrada na Serra de Grândola, cuja identificação não foi consensual (pelo menos na minha opinião...).
Pesquisei mais sobre estas espécies passados uns dias (com tanta diversidade não houve tempo para tudo e como não havia bibliografia específica, acho que na altura ninguém se debruçou a sério sobre elas), e tenho uma nova proposta de identificação:
1º - Hericium cirrhatum = Creolophus cirrhatus
Esta primeira espécie é considerada rara (tal como o mais conhecido Hericium erinaceus) foi encontrada em 3 ou 4 locais diferentes, sempre em troncos de Sobreiro caídos.
Os carpóforos tinham formas semicirculares, por vezes retorcidos, surgindo de uma base comum.
A face superior áspera, escamosa/eriçada, creme/alaranjada . Face inferior coberta de agulhas delgadas (até +- 1.5cm) muito apertadas, da mesma cor.
Carne grossa, mole, com cheiro e sabor agradável.
Pode ver-se a face superior do carpóforo com aspecto lenhoso
A manhã estava gelada com atestam as agulhas congeladas
Pormenor das agulhas apertadas
Vista inferior. Agulhas em estado de maturação mais avançado
Venham de lá opiniões, confirmações. dúvidas...
Pesquisei mais sobre estas espécies passados uns dias (com tanta diversidade não houve tempo para tudo e como não havia bibliografia específica, acho que na altura ninguém se debruçou a sério sobre elas), e tenho uma nova proposta de identificação:
1º - Hericium cirrhatum = Creolophus cirrhatus
Esta primeira espécie é considerada rara (tal como o mais conhecido Hericium erinaceus) foi encontrada em 3 ou 4 locais diferentes, sempre em troncos de Sobreiro caídos.
Os carpóforos tinham formas semicirculares, por vezes retorcidos, surgindo de uma base comum.
A face superior áspera, escamosa/eriçada, creme/alaranjada . Face inferior coberta de agulhas delgadas (até +- 1.5cm) muito apertadas, da mesma cor.
Carne grossa, mole, com cheiro e sabor agradável.
Pode ver-se a face superior do carpóforo com aspecto lenhoso
A manhã estava gelada com atestam as agulhas congeladas
Pormenor das agulhas apertadas
Vista inferior. Agulhas em estado de maturação mais avançado
Venham de lá opiniões, confirmações. dúvidas...
Última edição por Zamanita em Qui 14 Jan 2010, 15:42, editado 1 vez(es)
Zamanita- Carpóforo
- Número de Mensagens : 746
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Data de inscrição : 05/12/2007
Re: Saída exploratória à Serra de Grândola
Excelentes fotos desta espécie rara (seja ela qual for, nunca tinha visto nada semelhante), Zé!
Quanto à identificação, para já 0não posso adiantar nada pois não tenho bibliografia específica sobre hidnóides. Irei dar uma vista de olhos sobre os livros mais generalistas que tenho, para ver se aparece a espécie que propões em algum deles e depois colocarei aqui eventuais informações que possa recolher.
De qualquer forma, vou colocar no tópico inicial a tua nova proposta e vamos aguardar mais desenvolvimentos... É pena não ter sido feita uma exsiccata... E vou também acrescentar Leocarpus fragilis...
Quanto à identificação, para já 0não posso adiantar nada pois não tenho bibliografia específica sobre hidnóides. Irei dar uma vista de olhos sobre os livros mais generalistas que tenho, para ver se aparece a espécie que propões em algum deles e depois colocarei aqui eventuais informações que possa recolher.
De qualquer forma, vou colocar no tópico inicial a tua nova proposta e vamos aguardar mais desenvolvimentos... É pena não ter sido feita uma exsiccata... E vou também acrescentar Leocarpus fragilis...
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Data de inscrição : 10/12/2007
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