Suillus, mas qual?

Amigos,

Antes de colocar este post, tive a ler dois anteriores. Um meu, onde o Pedro diz parecerem Suillus Bovinus muito jovens. De facto, são muito mais pequenos, não tinham glandular dots, a cor dos poros era mais acastanhada e próxima à do chapéu, o sabor e cheiro menos interessantes. Também não me lembro de qualquer vestígio de anel ou cutícula no himénio.

Há outro post, com o título “mais uns desconhecidos”. Também é referido que a primeira imagem é de um S. Bovinus, um tanto maduro e em tempo seco. Tem mais semelhanças com estes que eu vi perto da Pedra Bela – Gerês, debaixo de coníferas e sobre relva, do que os anteriores da Peneda.

Há 15 dias passei por este mesmo lugar na Pedra Bela e eles já lá estavam, mas não lhes liguei. Por isso imagino que haja aqui exemplares maduros.

Os que eu postei primeiro (Peneda), tinham o chapéu recortado, como se fossem “pétalas” um exemplar novo destes aqui, é compacto, redondinho, e completamente coberto pelas cutículas, grossas e bem viscosas. Talvez um dos dois não seja S. Bovinus (Peneda ou Pedra Bela)

Em relação ao segundo post que li (mais uns desconhecidos), saliento ainda, umas diferenças. A cor do chapéu viscoso, mas não tanto quanto os dos luteus que costumo encontrar, com nuances verde acastanhado azeitona e os poros eram de um bonito amarelo açafrão.

Fora isso, os chapéus estavam abertos, entre os 7 a 12 cm, cheiro e sabor agradáveis a cogumelo, amendoado.

Há vestígios de um anel muito fininho, que parecia estar ligado à cutícula e secou, ficando os restos pendurados. Os pés são de carne branca compacta, com 1 a 1,5 cm de diâmetro e cerca de 3 de altura, pontilhados com umas marquinhas pretas salientes – glandular dots?

A esporada brutalmente abundante de uma cor, difícil de definir, entre o rosa velho ou óxido de ferro. Com cartolina preta, por trás fica mais rosa velho, com papel branco, parece mais castanho óxido de ferro. Se acharem conveniente, posso postar a outra foto da esporada.

Até breve!

Manel

Polecat,

Tenho pena de já os ter processado e congelado. É que ontem apanhei uns, esses sim que achava serem S. Luteus, cujo chapéu é mais escuro e mais viscoso que este, o pé mais grosso e as cutículas mais grossas. É a segunda vez que os encontro. Infelizmente não os fotografei, mas eles são diferentes...

Fica para a próxima...

Obrigado de qq forma

Manel

manel escreveu:Polecat,

Tenho pena de já os ter processado e congelado. É que ontem apanhei uns, esses sim que achava serem S. Luteus, cujo chapéu é mais escuro e mais viscoso que este, o pé mais grosso e as cutículas mais grossas. É a segunda vez que os encontro. Infelizmente não os fotografei, mas eles são diferentes...

Fica para a próxima...

Obrigado de qq forma

Manel

A viscosidade relaciona-se directamente com a quantidade de humidade ambiental. Os Suillus são sempre bastante viscosos com tempo húmido e mais pegajosos com tempo seco. Este factor é importante para ajudar à identificação do género (Suillus) mas não da espécie.

Obrigado Pedro,

Sim, eles ontem estavam muito mais viscosas e estava um dia húmido.

Porém também fiquei com a impressão que nos exemplares mais novos, as cutículas são muito mais viscosas e grossas também. Aliás dá para constatar pela imagem do pequenino aí. Faria sentido se o objectivo for proteger os esporos até à sua maturidade. É só um "suponhamos".

Bom, quando passar de novo pelo trilho dos currais, vou ver se consigo uma foto do quarto suillus que nunca postei e até já os comi, tomando por Luteus. Eram os maiores dos 4, os chapéus chegavam a 13 cm e eram um pouco cónicos, bem escuros, cresciam sobrespostos em grupos de 3 a 5 e também estavam debaixo de coníferas, nas bermas dos caminhos. O pé destes era mais branco largo e atarracado. Se conseguir, faço um post com os 4.

Obrigado pela paciência Pedro e Polecat.

Manel