Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
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Pedro Claro
manel
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Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Amigos,
Vou colocando aqui, links que encontro sobre a arte de fotografar cogumelos. Tem muito que se lhe diga:
http://www.koraks.nl/index.php?menuparent=&page=9#scene
http://www.a1phototips.com/advice-on-shooting-toadstools-and-fungi
Carel Breukink é um caso sério. Vejam que vale a pena!!!
Imagino que ele seja um entendido em cogumelos. Mas a biblioteca de imagens que tem no seu site deixou-me impressionado. Eu já sabia do potencial estético e artístico destes seres, mas depois de ver a perícia e a arte deste holandês, não sei o que dizer...
http://mushrorama.nl/
Ainda melhores fotos!!!
Manel
Vou colocando aqui, links que encontro sobre a arte de fotografar cogumelos. Tem muito que se lhe diga:
http://www.koraks.nl/index.php?menuparent=&page=9#scene
http://www.a1phototips.com/advice-on-shooting-toadstools-and-fungi
Carel Breukink é um caso sério. Vejam que vale a pena!!!
Imagino que ele seja um entendido em cogumelos. Mas a biblioteca de imagens que tem no seu site deixou-me impressionado. Eu já sabia do potencial estético e artístico destes seres, mas depois de ver a perícia e a arte deste holandês, não sei o que dizer...
http://mushrorama.nl/
Ainda melhores fotos!!!
Manel
Última edição por manel em Dom 26 Out 2008, 01:38, editado 1 vez(es)
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
São bons links e sem dúvida que é um bom fotógrafo.
Mas há muitos outros excelentes fotógrafos que se dedicam quase só à fotografia de fungos. Não descurando o trabalho do fotógrafo que indicas, um dos melhores especialistas mundiais dá pelo nome de Taylor F. Lockwood:
Fungiphoto (particularmente as galerias por cores estão espectaculares). Já encomendei um dos livros dele, mas a Amazon fez-me o favor de protelar o envio por mais umas semanas...
Eu tenho um livro de micofotografia de um autor inglês (não me recordo do nome e não estou em casa para confirmar) também com excelentes fotos, que considero excelente - aos poucos vou fazendo uma pequena biblioteca de micofotografia. Como também sou fotógrafo (amador), sempre vou buscando inspiração nessas magníficas fotos e aprendendo algumas técnicas...
Mas há muitos outros excelentes fotógrafos que se dedicam quase só à fotografia de fungos. Não descurando o trabalho do fotógrafo que indicas, um dos melhores especialistas mundiais dá pelo nome de Taylor F. Lockwood:
Fungiphoto (particularmente as galerias por cores estão espectaculares). Já encomendei um dos livros dele, mas a Amazon fez-me o favor de protelar o envio por mais umas semanas...
Eu tenho um livro de micofotografia de um autor inglês (não me recordo do nome e não estou em casa para confirmar) também com excelentes fotos, que considero excelente - aos poucos vou fazendo uma pequena biblioteca de micofotografia. Como também sou fotógrafo (amador), sempre vou buscando inspiração nessas magníficas fotos e aprendendo algumas técnicas...
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Taylor F. Lockwood X Carel Breukink
Pedro,
Ainda bem que referes o Taylor F. Lockwood. Principalmente se ele é uma referência na fotografia de fungos. Quando vi o site do Carel, vi o do Taylor também. Escolhi referir o segundo por uma questão de gosto pessoal. Com o teu post, o panorama fica então mais completo. Como sabes sou novo neste meio e ainda não sei quem é quem.
Pessoalmente e com toda a subjectividade inerente, penso que os dois têm escolas e técnicas curiosamente distintas e muito interessantes de comparar. As fotos de Taylor, são fantásticas, coloridas, garridas. Provavelmente são feitas com câmara digital, nota-se o recurso intensivo à iluminação e percebe-se que existe um trabalho muito cuidado de produção fotográfica, provavelmente também de pós-produção. Ele tem o perfil de um fotógrafo publicitário, aliás o próprio formato do site, estilo banco de imagem, revela isso mesmo.
Já o Carel, é da velha guarda. Fotografa com filme, obviamente que também prepara o cenário, mas deixa a coisa parecer mais próxima do natural. É mais subtil na iluminação. O seu site é de uma humildade quase comovente. As suas fotos estão disponíveis, para utilizações culturais ou não comerciais. Está mais próximo da arte ou do hobby.
Se comparássemos ao cinema, seria como estar em ver dois bons filmes. Um americano o outro europeu.
São duas abordagens, duas formas de estar, com propósitos distintos. Ambas válidas.
Boa referência.
Manel
Ainda bem que referes o Taylor F. Lockwood. Principalmente se ele é uma referência na fotografia de fungos. Quando vi o site do Carel, vi o do Taylor também. Escolhi referir o segundo por uma questão de gosto pessoal. Com o teu post, o panorama fica então mais completo. Como sabes sou novo neste meio e ainda não sei quem é quem.
Pessoalmente e com toda a subjectividade inerente, penso que os dois têm escolas e técnicas curiosamente distintas e muito interessantes de comparar. As fotos de Taylor, são fantásticas, coloridas, garridas. Provavelmente são feitas com câmara digital, nota-se o recurso intensivo à iluminação e percebe-se que existe um trabalho muito cuidado de produção fotográfica, provavelmente também de pós-produção. Ele tem o perfil de um fotógrafo publicitário, aliás o próprio formato do site, estilo banco de imagem, revela isso mesmo.
Já o Carel, é da velha guarda. Fotografa com filme, obviamente que também prepara o cenário, mas deixa a coisa parecer mais próxima do natural. É mais subtil na iluminação. O seu site é de uma humildade quase comovente. As suas fotos estão disponíveis, para utilizações culturais ou não comerciais. Está mais próximo da arte ou do hobby.
Se comparássemos ao cinema, seria como estar em ver dois bons filmes. Um americano o outro europeu.
São duas abordagens, duas formas de estar, com propósitos distintos. Ambas válidas.
Boa referência.
Manel
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Manel, fizeste um bom resumo dos dois estilos, no entanto, em relação ao equipamento utilizado, tenho que fazer algumas correcções: o Taylor F. Lockwood começou a fotografar cogumelos em 1984 (muito antes das câmaras digitais chegarem ao mercado) e apenas em 1996 comprou um computador (o que não significa que tenha migrado para a fotografia digital - eu fotografo desde 1991 +/- e comprei a minha primeira câmara digital apenas em 2002) para elaborar slideshows. Não é claro que ele alguma vez tenha migrado para a fotografia digital, embora também não possa afirmar o contrário.
Da minha experiência em termos de fotografia - primeiro com uma Pentax P30-T de rolo (desde 1991 até 2002, apesar de apenas por volta de 1998 ter começado a fotografar cogumelos de forma sistemática), depois com uma compacta digital (Canon Powershot G2) e, por fim, a partir de 2004, com SLR digitais (primeiro uma Canon EOS 300D e, desde Julho passado, uma Canon EOS 40D) - posso afirmar que não é o equipamento que determina o resultado final. Olho para os meus primeiros 3 anos de micofotografia e vejo uma tremenda evolução desde a primeira foto à última que tirei com a Pentax. A passagem para a compacta digital exigiu um reajuste ao nível do processo, mas as fotografias que fiz com essa câmara são muito semelhantes às que fiz na minha fase final de fotografia analógica, e esses resultados finais mantêm-se mais ou menos constantes (com algumas melhorias proporcionadas pelas vantagens de melhores objectivas e de câmaras que facilitam todo o processo fotográfico - particularmente a 40D é muito bem adaptada à micofotografia) com as câmaras actuais.
Depois dessa evolução significativa dentro dos anos do analógico, apenas algum novo equipamento permitiu alguma evolução no meu estilo fotográfico: primeiro uma objectiva macro dedicada, depois a utilização de um sistema multi-flash com difusores e, espero que em breve, a utilização de uma espécie de caixa de luz que tenho idealizada mas ainda não construída mas que, creio, me permitirá criar um ambiente luminoso ao mesmo tempo de aspecto natural e eficaz para uma iluminação mais uniforme.
A grande vantagem da página do Carel é explicar em 10 minutos de leitura os princípios básicos que eu demorei alguns anos a idealizar ou a compreender, a integrar no meu modus operandi e a tirar partido. Por exemplo, para mim agora é básico usar um chapéu de chuva ou o meu próprio corpo para colocar os sujeitos a fotografar à sombra e evitar as sombras duras da incidência directa da luz do sol; ou usar dois flashes lateralmente à câmara em ângulos de 45º, aproximadamente, para suavizar as sombras e iluminar adequadamente o himénio e a parte superior do pé (normalmente subexpostos)... Depois é uma questão de criatividade, alguns conhecimentos técnicos e básicos de fotografia (enquadramento, composição, etc...) e disparar. Quando há alguns anos participava num fórum espanhol de micologia (o saudoso e agora infelizmente defundo Andoa.net), lembro-me de um utilizador que usava uma pequena compacta (uma Canon Ixus) para fazer excelentes fotos, quase todas com flash directo, que valiam pelas fantásticas composições e pelo ambiente que ficave registado.
Em resumo, importante é cada um criar o seu próprio estilo, que lhe agrade e com o qual se sinta confortável.
[EDIT] Infelizmente não disponho de tanto tempo como gostaria - nem, sinceramente, me tenho sentido muito disponível - para fazer um tópico sobre fotografia micológica, colocando exemplos de como contornar os problemas mais comuns de quem fotografa cogumelos e pelo menos dar algumas referências que possam ser usadas para melhorar os resultados finais...
Da minha experiência em termos de fotografia - primeiro com uma Pentax P30-T de rolo (desde 1991 até 2002, apesar de apenas por volta de 1998 ter começado a fotografar cogumelos de forma sistemática), depois com uma compacta digital (Canon Powershot G2) e, por fim, a partir de 2004, com SLR digitais (primeiro uma Canon EOS 300D e, desde Julho passado, uma Canon EOS 40D) - posso afirmar que não é o equipamento que determina o resultado final. Olho para os meus primeiros 3 anos de micofotografia e vejo uma tremenda evolução desde a primeira foto à última que tirei com a Pentax. A passagem para a compacta digital exigiu um reajuste ao nível do processo, mas as fotografias que fiz com essa câmara são muito semelhantes às que fiz na minha fase final de fotografia analógica, e esses resultados finais mantêm-se mais ou menos constantes (com algumas melhorias proporcionadas pelas vantagens de melhores objectivas e de câmaras que facilitam todo o processo fotográfico - particularmente a 40D é muito bem adaptada à micofotografia) com as câmaras actuais.
Depois dessa evolução significativa dentro dos anos do analógico, apenas algum novo equipamento permitiu alguma evolução no meu estilo fotográfico: primeiro uma objectiva macro dedicada, depois a utilização de um sistema multi-flash com difusores e, espero que em breve, a utilização de uma espécie de caixa de luz que tenho idealizada mas ainda não construída mas que, creio, me permitirá criar um ambiente luminoso ao mesmo tempo de aspecto natural e eficaz para uma iluminação mais uniforme.
A grande vantagem da página do Carel é explicar em 10 minutos de leitura os princípios básicos que eu demorei alguns anos a idealizar ou a compreender, a integrar no meu modus operandi e a tirar partido. Por exemplo, para mim agora é básico usar um chapéu de chuva ou o meu próprio corpo para colocar os sujeitos a fotografar à sombra e evitar as sombras duras da incidência directa da luz do sol; ou usar dois flashes lateralmente à câmara em ângulos de 45º, aproximadamente, para suavizar as sombras e iluminar adequadamente o himénio e a parte superior do pé (normalmente subexpostos)... Depois é uma questão de criatividade, alguns conhecimentos técnicos e básicos de fotografia (enquadramento, composição, etc...) e disparar. Quando há alguns anos participava num fórum espanhol de micologia (o saudoso e agora infelizmente defundo Andoa.net), lembro-me de um utilizador que usava uma pequena compacta (uma Canon Ixus) para fazer excelentes fotos, quase todas com flash directo, que valiam pelas fantásticas composições e pelo ambiente que ficave registado.
Em resumo, importante é cada um criar o seu próprio estilo, que lhe agrade e com o qual se sinta confortável.
[EDIT] Infelizmente não disponho de tanto tempo como gostaria - nem, sinceramente, me tenho sentido muito disponível - para fazer um tópico sobre fotografia micológica, colocando exemplos de como contornar os problemas mais comuns de quem fotografa cogumelos e pelo menos dar algumas referências que possam ser usadas para melhorar os resultados finais...
Última edição por Pedro Claro em Dom 26 Out 2008, 15:41, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Adicionar algo que me esqueci de colocar no post original)
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Ena!
Fiquei com vontade de vender os guias para comprar equipamento de fotografia!
Especialmente porque aqui na Finlândia às 16:00 já fica noite e nas matas com aquele arvoredo todo, nem chega a haver luz suficiente para fotos claras e com definição. Se diminuir a velocidade do "shutter" (será o mesmo que o "obturador" em português?) entra luz suficiente mas como não tenho tripé aquilo fica a parecer pintura abstracta, tudo desfocado.
Lá tenho de recorrer ao flash, que como é integrado na máquina faz com que a luz enviada para o cogumelo seja directamente reflectida na mesma direcção...dá geralmente um efeito horrível!
Parece que a melhor solução é mesmo arranjar um tripé baratucho, ou têm mais sugestões? (para além de andar com lâmpadas atrás )
Enfim, até Fevereiro é sempre a piorar, descansem que depois hei-de vingar-me em Junho, a tirar fotgrafias às 23:00 sem flash
abraço
Fiquei com vontade de vender os guias para comprar equipamento de fotografia!
Especialmente porque aqui na Finlândia às 16:00 já fica noite e nas matas com aquele arvoredo todo, nem chega a haver luz suficiente para fotos claras e com definição. Se diminuir a velocidade do "shutter" (será o mesmo que o "obturador" em português?) entra luz suficiente mas como não tenho tripé aquilo fica a parecer pintura abstracta, tudo desfocado.
Lá tenho de recorrer ao flash, que como é integrado na máquina faz com que a luz enviada para o cogumelo seja directamente reflectida na mesma direcção...dá geralmente um efeito horrível!
Parece que a melhor solução é mesmo arranjar um tripé baratucho, ou têm mais sugestões? (para além de andar com lâmpadas atrás )
Enfim, até Fevereiro é sempre a piorar, descansem que depois hei-de vingar-me em Junho, a tirar fotgrafias às 23:00 sem flash
abraço
Polecat- Carpóforo
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Ok, vcs topam muito mais disto que eu
Pedro e Polecat,
É mesmo muito provável que esteja enganado quanto ao material utilizado pelo Taylor. Quando vejo este tipo de fotos fantásticas, muito coloridas, sedutoras e apelativas, com uma linguagem quase publicitária, associo à foto digital. Deve ser deformação profissional. Reconheço aqui a calinada e agradeço a correcção. Por outro lado tenho uma empatia especial pelas fotos do Carel, pela subtileza e simplicidade, reconhecendo o estilo fantástico e apelativo do Taylor. São duas linguagens estéticas. O meu comentário dever-se-ia ter resumido a esta componente. Tecnicamente a discussão já me ultrapassou. Mas fico feliz. Acho que umas "argoladas" valem, quando despertamos este tipo de diálogos e chamamos a atenção dos restantes usuários do fórum sobre um pouco do que acontece nesta área em fotografia.
Já agora, se se lembrarem de mais fotógrafos, dignos de serem referenciados aqui e enriquecermos a discussão, façam o favor.
Já valeu! agora, venham mais usuários e continuem!
Manuel
É mesmo muito provável que esteja enganado quanto ao material utilizado pelo Taylor. Quando vejo este tipo de fotos fantásticas, muito coloridas, sedutoras e apelativas, com uma linguagem quase publicitária, associo à foto digital. Deve ser deformação profissional. Reconheço aqui a calinada e agradeço a correcção. Por outro lado tenho uma empatia especial pelas fotos do Carel, pela subtileza e simplicidade, reconhecendo o estilo fantástico e apelativo do Taylor. São duas linguagens estéticas. O meu comentário dever-se-ia ter resumido a esta componente. Tecnicamente a discussão já me ultrapassou. Mas fico feliz. Acho que umas "argoladas" valem, quando despertamos este tipo de diálogos e chamamos a atenção dos restantes usuários do fórum sobre um pouco do que acontece nesta área em fotografia.
Já agora, se se lembrarem de mais fotógrafos, dignos de serem referenciados aqui e enriquecermos a discussão, façam o favor.
Já valeu! agora, venham mais usuários e continuem!
Manuel
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Polecat escreveu:Ena!
Fiquei com vontade de vender os guias para comprar equipamento de fotografia!
Especialmente porque aqui na Finlândia às 16:00 já fica noite e nas matas com aquele arvoredo todo, nem chega a haver luz suficiente para fotos claras e com definição. Se diminuir a velocidade do "shutter" (será o mesmo que o "obturador" em português?) entra luz suficiente mas como não tenho tripé aquilo fica a parecer pintura abstracta, tudo desfocado.
Lá tenho de recorrer ao flash, que como é integrado na máquina faz com que a luz enviada para o cogumelo seja directamente reflectida na mesma direcção...dá geralmente um efeito horrível!
Parece que a melhor solução é mesmo arranjar um tripé baratucho, ou têm mais sugestões? (para além de andar com lâmpadas atrás )
Enfim, até Fevereiro é sempre a piorar, descansem que depois hei-de vingar-me em Junho, a tirar fotgrafias às 23:00 sem flash
abraço
O tripé é de longe a melhor solução. Se tiveres uma digital compacta, podes optar por um daqueles tripés pequeninos com pernas extensíveis; com uma SLR temos que optar por um tripé mais robusto, claro. Certifica-te é da altura mínima que os tripés autorizam: na maior parte dos casos vais querer fotografar ao nível do solo e nem todos os tripés são feitos a pensar nessa possibilidade - embora o espírito desenrasca do português consiga sempre contornar a situação: deitar o tripé no chão, apoiado num pequeno ramo, numa pedra ou numa pinha; usar um saco de pano cheio de feijões (é maleável e tem apenas 3 ou 4 cm de altura: é fácil pousar uma câmara lá em cima e ter estabilidade para tirar a foto), etc...
Depois do tripé, tens que ter uma forma de disparar a câmara sem ter o dedo no botão de disparo porque o próprio acto de premir o botão pode 'sacudir' a câmara e resultar em fotos tremidas. Há câmaras que têm controlos remotos (por cabo ou infravermelhos), mas se tiverem a opção 'timer' também serve: carrega-se no botão e a câmara só tira a foto 'x' segundos depois. O cogumelo não foge entretanto...
Por fim, a iluminação. Há formas muito simples de conseguir iluminar o himénio ou o pé dos cogumelos de forma a que não fiquem demasiado escuros. Por exemplo, com pequenas lanternas direccionadas a esses locais, às quais se podem adaptar difusores caseiros feitos com simples folhas de papel. Outra hipótese é usar um reflector (pode-se usar um cartão revestido com folha de alumínio 'amassada' e cuidadosamente 'desamassada') para direccionar a luz existente para as partes que estão mais escuras. A maior parte das câmaras compactas não permitem a utilização de flashes externos (que seria a solução ideal), mas é possível em algumas delas fazer uma espécie de difusor para cobrir o flash interno (um pedaço de papel branco ou plástico branco translúcido são boas opções), o que permite suavizar a luz e obter sombras menos duras do que as obtidas com o flash directo...
Vou ter mesmo que arranjar tempo e disposição para fazer um tutorial ilustrado... Mas vai demorar tempo.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Tutorial
Pedro e Polecat
Estou a absorver com imenso entusiasmo cada palavra que vcs escrevem. Era o que imaginava ver acontecer aqui.
Só um comentário: Não tentem fazer um tutorial 100% acabado para depois postá-lo. Vão indo aos poucos que vão bem. E depois chega um e o outro e completa com uma dica aqui e outra ali. Esse espírito do passo-a-passo é muito mais gratificante. Quando derem por ela, têm muito mais informação que poderiam supor online. É um processo criativo muito mais construtivo, porque é partilhado. No final, se quiserem então sistematizam tudo e edita-se o Tutorial. Assim também vão alimentando a discussão aqui.
É só uma sugestão.
Grandes malhas!
Manel
Estou a absorver com imenso entusiasmo cada palavra que vcs escrevem. Era o que imaginava ver acontecer aqui.
Só um comentário: Não tentem fazer um tutorial 100% acabado para depois postá-lo. Vão indo aos poucos que vão bem. E depois chega um e o outro e completa com uma dica aqui e outra ali. Esse espírito do passo-a-passo é muito mais gratificante. Quando derem por ela, têm muito mais informação que poderiam supor online. É um processo criativo muito mais construtivo, porque é partilhado. No final, se quiserem então sistematizam tudo e edita-se o Tutorial. Assim também vão alimentando a discussão aqui.
É só uma sugestão.
Grandes malhas!
Manel
material - upgrade...económico
Gostei da ideia, mais simples e prático não dava, para quem como eu está entre o tripé e o musgo/lama/terra húmida/rocha o "saco do feijões" parece ser mágicousar um saco de pano cheio de feijões (é maleável e tem apenas 3 ou 4 cm de altura: é fácil pousar uma câmara lá em cima e ter estabilidade para tirar a foto)
Um pormenorzinho de caca, uma diferença abismal (especialmente com a delicadeza dos meus dedos ) e nunca tinha pensado nissoopção 'timer' também serve: carrega-se no botão e a câmara só tira a foto 'x' segundos depois. O cogumelo não foge entretanto...
Tugamente engenhoso, gostei. Mas será que faz assim tanta diferença? É mais para luz natural, artificial ou ambas?Outra hipótese é usar um reflector (pode-se usar um cartão revestido com folha de alumínio 'amassada' e cuidadosamente 'desamassada') para direccionar a luz existente para as partes que estão mais escuras.
hehe com tanto apetrecho às tantas parece que vamos acampar mas é sem dúvida para experimentar, especialmente quando as opções de intensidade, em crescente, do meu flash são: "muita luz"; "quantidade estúpida de luz" e "Sol na Terra"é possível em algumas delas fazer uma espécie de difusor para cobrir o flash interno (um pedaço de papel branco ou plástico branco translúcido são boas opções), o que permite suavizar a luz e obter sombras menos duras do que as obtidas com o flash directo...
Sim, toma o teu tempo, a mim já me deste dicas valentes!Vou ter mesmo que arranjar tempo e disposição para fazer um tutorial ilustrado... Mas vai demorar tempo
Abraço
Polecat- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Tugamente engenhoso, gostei. Mas será que faz assim tanta diferença? É mais para luz natural, artificial ou ambas?Outra hipótese é usar um reflector (pode-se usar um cartão revestido com folha de alumínio 'amassada' e cuidadosamente 'desamassada') para direccionar a luz existente para as partes que estão mais escuras.
Pode ser usado tanto para luz natural como para luz artificial, mas o objectivo principal é precisamente dispensar a utilização de outra fonte de luz: usa-se a luz ambiente existente e 'canaliza-se' com um ou mais reflectores até ao sítio pretendido.
hehe com tanto apetrecho às tantas parece que vamos acampar mas é sem dúvida para experimentar, especialmente quando as opções de intensidade, em crescente, do meu flash são: "muita luz"; "quantidade estúpida de luz" e "Sol na Terra"é possível em algumas delas fazer uma espécie de difusor para cobrir o flash interno (um pedaço de papel branco ou plástico branco translúcido são boas opções), o que permite suavizar a luz e obter sombras menos duras do que as obtidas com o flash directo...
Um difusor também 'corta' a intensidade da luz difundida. Se uma folha de papel não 'cortar' o suficiente, usa duas; a luz passa à mesma.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
espectaculares, a fotos!!
fiquei impressionado!!
abraços
fiquei impressionado!!
abraços
fotógrafos e truques
Provavelmente vocês já conhecem este Richard Seaman, mas como gostei das fotos dele:
http://www.richard-seaman.com/Fungus/CzechRepublic/index.html
A propósito de reflectores chamo a vossa atenção para um dos melhores que por aí existem: Sabem, aqueles pára-sol que se usam por dentro dos pára-brisas dos automóveis? Aqueles desdobráveis forrados a alumínio ? Existem uns rígidos (mas articulados) e outros mais maleáveis. Os melhores são os que têm um lado em alumínio e o outro em branco. Com a face de alumínio obtêm-se mais luz, com a branca um pouco menos. Depois, não é preciso desdobrar tudo, podendo usar-se a porção de "reflector" que se deseje. Não é propriamente um objecto que se enrole e guarde no bolso mas sempre é mais versátil e barato do que um reflector profissional de que hei-de mostrar-vos uma imagem em breve.
Se este tempo se mantiver aguro umas boas caçadas para o fim-de-semana de 6, 7 e 8 (feriado).
Saúde.
http://www.richard-seaman.com/Fungus/CzechRepublic/index.html
A propósito de reflectores chamo a vossa atenção para um dos melhores que por aí existem: Sabem, aqueles pára-sol que se usam por dentro dos pára-brisas dos automóveis? Aqueles desdobráveis forrados a alumínio ? Existem uns rígidos (mas articulados) e outros mais maleáveis. Os melhores são os que têm um lado em alumínio e o outro em branco. Com a face de alumínio obtêm-se mais luz, com a branca um pouco menos. Depois, não é preciso desdobrar tudo, podendo usar-se a porção de "reflector" que se deseje. Não é propriamente um objecto que se enrole e guarde no bolso mas sempre é mais versátil e barato do que um reflector profissional de que hei-de mostrar-vos uma imagem em breve.
Se este tempo se mantiver aguro umas boas caçadas para o fim-de-semana de 6, 7 e 8 (feriado).
Saúde.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
Belo post!
Efe,
Gostei imenso das fotos. Parecem muito reais, sem artifícios.
Essa dica de usar o "quebra-luz" do carro como difusor, é muito boa!
Obrigado!
Manel
Gostei imenso das fotos. Parecem muito reais, sem artifícios.
Essa dica de usar o "quebra-luz" do carro como difusor, é muito boa!
Obrigado!
Manel
Reflector, e não difusor.
manel escreveu:Efe,
Gostei imenso das fotos. Parecem muito reais, sem artifícios.
Essa dica de usar o "quebra-luz" do carro como difusor, é muito boa!
Obrigado!
Manel
Hehehe... vou ter um trabalhão para aprender as coisas da micologia, nomeadamente o léxico, mas vingo-me na terminologia fotográfica. Um exemplo de difusor será uma folha de papel simples (embora esta também possa funcionar como reflector, depende da posição em que se coloca), ou, mais adequadamente, uma folha de papel vegetal. Difunde, espalha, a luz que a atravessa, atenuando a sua força.
Reflector, espelho que desvia ou reorienta a origem da luz (papel alumínio, ou folha branca p. ex.). Assim, o quebra-luz do automóvel será um reflector, e não um difusor.
Abraço.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
efe escreveu:
Hehehe... vou ter um trabalhão para aprender as coisas da micologia, nomeadamente o léxico, mas vingo-me na terminologia fotográfica.
Oi efe
Olá a todos
Para que não haja qualquer desculpa em relação ao léxico da micologia, aqui ficam umas "fichas de identificação" muito interessantes e úteis que encontrei no site: http://biotic.bot.uc.pt/index.php?language=pt
FORMA DO CORPO FRUTÍFERO
TIPOS DE HIMÉNIOS
LÂMINAS
CHAPÉU
CHAPÉU (continuação)
PÉ
PÉ (continuação)
ANEL
[URL=http://g.imageshack.us/img233/anelps9.jpg/1/]
Consultar em: http://biotic.bot.uc.pt/index.php?language=pt
1 abraço a todos
e Boa Caça
PEDRA
PEDRA- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
PEDRA escreveu:
...aqui ficam umas "fichas de identificação"
Olha que coisa porreira, e útil, Pedra. Mas, ali nos himénios não deveria haver uma referência aos tubulares?
Caçadas só no próximo fim-de-semana.
Este não deu em nada e perdi por não ter ido a S.Barnabé (concelho de Almodôvar), à Festa do mel, medronho e cogumelo. Quem foi contou-me que foram convidados uns javalis muito saborosos e, claro, manadas de cogumelos, entre outros acepipes. Em 2009 não falto.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Bem, Pedra, muito boa dica!!
Arrisco-me a dizer que me irá ajudar e muito, ja tou aqui a imprimir
Gostei especialmente da parte das formas do corpo frutífero, vai-me suprir algumas lacunas a esse respeito...
Um abraço e os meus mais sinceros parabéns!
Arrisco-me a dizer que me irá ajudar e muito, ja tou aqui a imprimir
Gostei especialmente da parte das formas do corpo frutífero, vai-me suprir algumas lacunas a esse respeito...
Um abraço e os meus mais sinceros parabéns!
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
efe escreveu:
Mas, ali nos himénios não deveria haver uma referência aos tubulares?
Penso, e, sublinho, penso, que quanto à referência aos poros já estará a enblobar os tubulares, Efe, mas não sei...!
efe escreveu:
Este não deu em nada e perdi por não ter ido a S.Barnabé (concelho de Almodôvar), à Festa do mel, medronho e cogumelo. Quem foi contou-me que foram convidados uns javalis muito saborosos e, claro, manadas de cogumelos, entre outros acepipes. Em 2009 não falto.
Eu ouvi falar, Efe, e vi no noticiário, mas também não fui...
Parabéns pela referência.
Um abraço
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Sim, poros ou tubos. Há ainda a possibilidade de chama-los o que vos apetecer desde que percebamos, furinhos, picotado etcNuno escreveu:efe escreveu:
Mas, ali nos himénios não deveria haver uma referência aos tubulares?
Penso, e, sublinho, penso, que quanto à referência aos poros já estará a enblobar os tubulares, Efe, mas não sei...!
Polecat- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Nuno escreveu:
Eu ouvi falar, Efe, e vi no noticiário, mas também não fui...
Parabéns pela referência.
Um abraço
É que, ainda por cima, tenho um costela, ou duas, daquela terra. Isto escapou-me, porque o meu amigo "mercegue" (sim o mercegue aqui do fórum) referiu que a festa era na sede de Concelho, Almodôvar. Ora se me tivessem dito que era em S. Barnabé... a 1h20 de automóvel ou a 50 minutos de...duas rodas. Enfim...
Obrigado pela explicação dos "poros/tubos". Esta complexidade inicial da terminolia lembra-me coisas da biospeleologia (trogloxenos, fisiogastrias, hesternohigrobioses, troglófilos, apterismos... )
Abraço
Última edição por efe em Ter 02 Dez 2008, 23:27, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : esqueci-me da vígula - e bis porque me esqueci do "r" da vírgula)
efe- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Polecat escreveu: Há ainda a possibilidade de chama-los o que vos apetecer desde que percebamos, furinhos, picotado etc
picotado, é por onde o fungo rasga, não?
efe- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Dei uma vista de olhos no Richard Seaman e gostei muito, boa referência
heheh, se os americanos chamam guelras às lâminas apetece-me chamar "cama indiana invertida" às agulhasefe escreveu:picotado, é por onde o fungo rasga, não?
Polecat- Carpóforo
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Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
Polecat escreveu:
heheh, se os americanos chamam guelras às lâminas apetece-me chamar "cama indiana invertida" às agulhas
Hehehe, cama para o faquir
Um abraço
Re: Grandes Fotógrafos - Carel Breukink e Taylor Lockwood
efe escreveu:
Esta complexidade inicial da terminolia lembra-me coisas da biospeleologia (trogloxenos, fisiogastrias, hesternohigrobioses, troglófilos, apterismos... )
Eh lá, temos especialista
sim senhora!
Um abraço
bio..coiso
Nuno escreveu:
Eh lá, temos especialista
sim senhora!
Um abraço
Naaa... Nuno. A minha função no CES - Centro de Estudos Subterrâneos (de Lagos) tinha a ver com a segurança (garantir que os materias estavam em condições, etc) e, por vezes, fotografar, claro. Mas, em todo o caso, também tive que fazer uns testes formativos, embora superficiais, versando sobre várias áreas: geomorfologia kárstica, climatologia, bioespeleologia, técnicas de exploração, topografia e... Fotografia, claro.
Abraço
efe- Carpóforo
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