Colheita de Domingo à tarde

Boas pessoal,

Sou novo aqui no forum e gostaria de aqui deixar algumas fotos da minha colheita.
Estes carpóforos que identifico como sendo Macrolepiotas Proceras foram todos encontrados em campos de pasto de animais.
Parece que este ano chegaram mais tarde do que o costume mas sempre chegaram!

Características dos colhidos:
Pé fibroso (nalguns exemplares o pé não é visivelmente bem tigrado mas castanho liso), Anel duplo móvel (nalguns exemplares não se nota perfeitamente se é duplo ou não, contudo são sempre moveis), carne branca,
Chapéu com as características escamas e mamelão ao centro. Lâminas brancas apertadas livres.


Uma Questão apenas e que deixo em aberto é o facto de haverem espécies bastante semelhantes com estes descritos como sendo por exemplo:
Chlorophyllum molybdites e Lepiota brunneoincarnata (e poderão haver outros) sendo estes tóxicos.
Já alguém encontrou cá em Portugal alguma destas espécies perigosas ou ouviu falar nelas?

Cumprimentos e Boas colheitas!!

Pessoalmente não encontrei nenhuma das duas espécies que referes mas podes encontrar informação importante nestes dois links do forum:

https://cogumelosportugal.forumeiros.com/t692-chlorophyllum-molybdites?highlight=Chlorophyllum

https://cogumelosportugal.forumeiros.com/t295-uma-pergunta-sobre-macrolepiota#1414

Apesar da semelhança, as espécies de Macrolepiota são consideravelmente maiores que as espécies de Lepiota. Lepiota brunneoincarnata e outras espécies tóxicas ou mortais do género Lepiota são espécies cujo chapéu não ultrapassa 4 ou 5cm. de diâmetro, logo são muito diferentes das espécies comestíveis de Macrolepiota, de chapéu maior, pé muito mais longo e aspecto geralmente muito mais robusto. Há diversas espécies de Lepiota em Portugal e é muito difícil distinguir entre elas, mas as diferenças para as espécies de Macrolepiota são substanciais e, na minha opinião, fáceis de observar.

Chlorophyllum molybdites tem esporos esverdeados e as lâminas apresentam, pelo menos nos exemplares adultos, laivos dessa cor. Os exemplares adultos serão, portanto, fáceis de diferenciar, mas os exemplares jovens, sem tons esverdeados nas lâminas, poderão apresentar algumas dificuldades na identificação. Esta é uma espécie originária da América do Norte, embora existam registos na Europa - não sei se também em Portugal, mas é sempre uma possibilidade, por isso atenção!

Mais complicado de distinguir é Macrolepiota venenata, muito semelhante a Macrolepiota rachodes. Apesar do nome, no entanto, M. venenata é tóxica (indigesta) mas não mortal - ao contrário de algumas espécies de Lepiota, essas sim de extrema toxicidade e potencialmente mortais.

Ola pipaso

Estes são certamente Macrolepiota procera, éu tambem apanhei algumas dezenas este Domingo.
Faz bom proveito, mas atençao da proxima vez que os colheres leva uma faca e nunca os arranques porque vais poe em risco o micé lio que fica a descoberto. Isto que fizes-te só se deve fazer no caso de pedido de identificação e para estudo e nesses casos não se apanham tantos.

Um abraço do Bruno

também eu fui no domingo com o meu irmão e sem procurar encontramos muitas hoje cozinhei algumas pela primeira vez e são uma delicia.

Obrigado a todos pelo vosso feedback e espero que mais apreciadores desta área possam participar e opinar.

Relativamente ao que brunof referiu, e que agradeço desde já, é que já ouvi várias teorias relativamente à colheita pelo pé ou arrancá-lo ainda com a volva com terra. Relativamente ao micélio e corrigam-me se estiver errado é que mesmo depois de os arrancar e se se voltar a tapar o orifício onde este se encontrava, estamos na mesma a proteger a continuidade da espécie pois evitamos que o micélio fique em contacto com o ar e a consequente deterioração.

Qualquer opinião é bem vinda.

Obrigado a todos, especialmente ao Pedro Claro pela explicação.

Pipaso escreveu:Obrigado a todos pelo vosso feedback e espero que mais apreciadores desta área possam participar e opinar.

Relativamente ao que brunof referiu, e que agradeço desde já, é que já ouvi várias teorias relativamente à colheita pelo pé ou arrancá-lo ainda com a volva com terra. Relativamente ao micélio e corrigam-me se estiver errado é que mesmo depois de os arrancar e se se voltar a tapar o orifício onde este se encontrava, estamos na mesma a proteger a continuidade da espécie pois evitamos que o micélio fique em contacto com o ar e a consequente deterioração.

Qualquer opinião é bem vinda.

Obrigado a todos, especialmente ao Pedro Claro pela explicação.

Ola Pipaso, é como dizes mas mesmo assim eu prefiro deixar o pé

continuação de boa caça e um abraço do Bruno

É norma deixar o pé do cogumelo no substrato quando se colhe para consumo e se conhece bem a espécie em questão. Para identificação, é necessário extrair TODO o cogumelo, incluindo o pé e eventuais estruturas adjacentes (volva, cordões miceliais, etc.) que poderão ser determinantes na identificação.

Obrigado a todos mais uma vez...

Devo dizer que foram todos para o tacho... uma delícia!

Proceras ou Rhacodes marcharam todos!

Pena nao haver o ano inteiro ou não poderem ser produzidos como tantas outras espécies ;-)

Pipaso escreveu:
...Chlorophyllum molybdites e Lepiota brunneoincarnata (e poderão haver outros) sendo estes tóxicos.
Já alguém encontrou cá em Portugal alguma destas espécies perigosas ou ouviu falar nelas?

Há coincidências engraçadas.
Imediatamente no dia seguinte a ter comentado que nunca tinha encontrado esta espécie, eis senão quando, a menos de 500 metros de minha casa...















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