Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
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Pedro Claro
Zamanita
efe
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Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Um dia de chuva no final da semana passada despoletou a eclosão de muitas espécies. Algumas, porém, face aos baixos valores higrométricos registados daí para cá, ficaram debaixo da folhagem, meio enterradas, degradando-se. Foi o caso de muitas Amanita caesarea que encontrei nessas condições. também encontrei boletaceas totalmente cobertas de bolor. A caçada ficou-se por uma escassa dezena de Amanitas caesarea e poucas boletaceas.
Aqui ficam, a par das minhas dúvidas de identificação dalguns espécimenes.
Gyroporus castaneus, comum em toda a zona barrocal e serrana do Algarve.
Amanita caesarea
habitat onde foram colhidas todas as espécies: areal e sobreiros
uma afiloforale num sobreiro - não faço a mínima ideia de que espécie se trata.
dúvida com esta amanita (dois exemplares), será A. escelsea, vaginata ou, o quê?
E estes dois rapazes, serão Boletus satanas ou erythropus?
O colega que ia comigo diz que são satanas mas em toda a literatura que encontrei faz-se referência à ocorrência dele em terrenos calcários enquanto que o pé-vermelho (erythropus) prefere solos ácidos de pinhais ou sobreirais, como era o caso. Certamente existirão outros aspectos que os diferenciam facilmente mas como para mim sao coisa completamente nova, fico à nora com tanta informação.
Ambos os exemplares colhidos oxidavam para coloração arroxeada.
exemplar 1
exemplar 2
quanto a este, identifiquei-o e comi-o como Suillus granulatus, se não era, não se queixou!
Aqui ficam, a par das minhas dúvidas de identificação dalguns espécimenes.
Gyroporus castaneus, comum em toda a zona barrocal e serrana do Algarve.
Amanita caesarea
habitat onde foram colhidas todas as espécies: areal e sobreiros
uma afiloforale num sobreiro - não faço a mínima ideia de que espécie se trata.
dúvida com esta amanita (dois exemplares), será A. escelsea, vaginata ou, o quê?
E estes dois rapazes, serão Boletus satanas ou erythropus?
O colega que ia comigo diz que são satanas mas em toda a literatura que encontrei faz-se referência à ocorrência dele em terrenos calcários enquanto que o pé-vermelho (erythropus) prefere solos ácidos de pinhais ou sobreirais, como era o caso. Certamente existirão outros aspectos que os diferenciam facilmente mas como para mim sao coisa completamente nova, fico à nora com tanta informação.
Ambos os exemplares colhidos oxidavam para coloração arroxeada.
exemplar 1
exemplar 2
quanto a este, identifiquei-o e comi-o como Suillus granulatus, se não era, não se queixou!
Última edição por efe em Dom 01 Nov 2009, 21:20, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : correcções de ortografia)
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Viva
Respondo por pontos para facilitar:
- Tens a certeza que é um G.castaneus? Parece ter uma retícula no pé, o que descartaria essa hipótese...
O melhor seria fazeres um corte longitudinal para verificar se o pé é cavernoso.
- As A.caesarea são lindas e deliciosas...
- O do sobreiro não tou a ver...
- Quanto às Amanita, não me parece a vaginata (volva e restos de véu universal diferentes) nem a excelsa ( que supostamente tem uma margem não estriada).
Sem grandes certezas apontaria para A.panterina...
- Os boletus parecem-me duas espécies diferentes e nenhum é o satanas ou erythropus... O 1º tem a cutícula castanha enquanto o satanas a tem branca.
O 2º é mais esbranquiçado mas tem alguns tons rosados, o que nunca se verifica no satanas. Diria que é um B.luridus.
Respondo por pontos para facilitar:
- Tens a certeza que é um G.castaneus? Parece ter uma retícula no pé, o que descartaria essa hipótese...
O melhor seria fazeres um corte longitudinal para verificar se o pé é cavernoso.
- As A.caesarea são lindas e deliciosas...
- O do sobreiro não tou a ver...
- Quanto às Amanita, não me parece a vaginata (volva e restos de véu universal diferentes) nem a excelsa ( que supostamente tem uma margem não estriada).
Sem grandes certezas apontaria para A.panterina...
- Os boletus parecem-me duas espécies diferentes e nenhum é o satanas ou erythropus... O 1º tem a cutícula castanha enquanto o satanas a tem branca.
O 2º é mais esbranquiçado mas tem alguns tons rosados, o que nunca se verifica no satanas. Diria que é um B.luridus.
Zamanita- Carpóforo
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Mais dados
Dos três exemplares de castaneus, apenas o da foto do meio apresentava a base do pé oca. De facto, o meu colega, ao cortar o pé do terceiro ficou surpreendido por o mesmo não ser cavernoso "- porque costumam ser", disse ele. Provavelmente não será o "boleto castanho" ou "chocolate", denominações frequentemente atribuídas ao castaneus aqui por estas bandas. Sendo habitual recolher estas espécies no mesmo local, para a apróxima terei mais atenção e não partirei do princípio de que as identificações tradicionais que se apresentam para as espécies ali colhidas, estão correctas.
Infelizmente 80% das caesarea já estavam em estado de degradação, com aquele cheiro peculiar. É que não chove decentemente, pá!
Comi-as pela primeira vez, não são más mas devo dizer que , por enquanto, continuo a preferir os boletos.
Entre as 3 ou 4 espécies que considerei para identificação da amanita incluí, inicialmente, também, a panterina; mas uma consideração estúpida levou-me a excluir essa hipótese: Não sei porquê, ganhei a convicção que seria uma espécie tão rara por estas bandas que eu não encontraria um exemplar.
Em relação aos boletos de pé avermelhado, uma vez mais segui as opiniões do meu colega - um "caçador" dos antigos, grande conhecedor daquela meia dúzia dos popularmente comestíveis. Como também são muito recorrentes naquela pequena zona de areal e sobreiros, hei-de encontrá-los por lá de novo. A ver se me preocupo menos com as fotografias e mais com a identificação.
Obrigado, Zamanita.
Infelizmente 80% das caesarea já estavam em estado de degradação, com aquele cheiro peculiar. É que não chove decentemente, pá!
Comi-as pela primeira vez, não são más mas devo dizer que , por enquanto, continuo a preferir os boletos.
Entre as 3 ou 4 espécies que considerei para identificação da amanita incluí, inicialmente, também, a panterina; mas uma consideração estúpida levou-me a excluir essa hipótese: Não sei porquê, ganhei a convicção que seria uma espécie tão rara por estas bandas que eu não encontraria um exemplar.
Em relação aos boletos de pé avermelhado, uma vez mais segui as opiniões do meu colega - um "caçador" dos antigos, grande conhecedor daquela meia dúzia dos popularmente comestíveis. Como também são muito recorrentes naquela pequena zona de areal e sobreiros, hei-de encontrá-los por lá de novo. A ver se me preocupo menos com as fotografias e mais com a identificação.
Obrigado, Zamanita.
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Efe:
Eu partilho as dúvidas do Zamanita em relação à primeira boletácea. Não me parece nada, mas mesmo nada, Gyroporus castaneus. O pé (estipe, melhor dizendo) parece demasiado fino e se não é cavernoso então eu excluiria essa hipótese. E, tal como o Zamanita diz, parece haver um reticulado na parte superior do pé - podes confirmá-lo? Sinceramente parece-me mais um Boletus do grupo edulis (a confirmar-se a existência de um retículo) com o estipe anormalmente elegante.
Relativamente à Amanita, gostaria de fazer algumas considerações. À partida descartaria A. vaginata e semelhantes porque este grupo tem uma volva saciforme (em forma de saco, como A. caesarea). Também descartaria A. excelsa/A. spissa e semelhantes porque este grupo não tem a margem do chapéu (píleo, melhor dizendo) estriada. Em princípio também descartaria A. pantherina pelo seguinte conjunto de motivos: anel ausente, por oposição a um anel membranoso e persistente de A. pantherina; pé não bulboso (com uma zona notoriamente mais larga na base); ausência de um padrão helicoidal de restos de volva subindo desde a base do pé. A cor do píleo também me parece mais acinzentada (A. pantherina é mais acastanhada), mas posso estar a ser conduzido ao engano pelas condições de iluminação no momento da tomada da fotografia. Por outro lado, o exemplar retratado parece não estar nas melhores condições e é possível que algumas das características estejam adulteradas (nomeadamente a ausência de anel)... Já manifestei a minha opinião sobre o que poderá, em princípio, não ser, mas a questão mantém-se: o que é, então? A ausência de anel, a presença de uma margem do píleo estriada e volva (aparentemente) friável (que se parte ou esfarela facilmente) parecem apontar para uma espécie do não muito fácil grupo Amanita friabilis/A. malleata...
Quanto aos dois Boletus, creio que o Zamanita tem toda a razão ao dizer que são duas espécies diferentes. A primeira espécie tem píleo acastanhado, poros amarelos-esverdeados, estipe avermelhado não reticulado e apresenta uma viragem de cor ao azul nos poros (intensa) e azul e amarela no contexto, mas pouco pronunciada e não em todo o lado. Para já, e recorrendo apenas ao guia do Courtecuisse, não vejo nenhuma espécie que se encaixe perfeitamente, mas tanto poderá ser um Boletus como um Xerocomus... A segunda espécie tem píleo pálido, poros alaranjados, estipe reticulado amarelo no ápice depois alaranjado e cor de vinho na base e apresenta uma viragem de cor ao azul nos poros e no contexto do píleo e ao amarelo no contexto do estipe. Este parece-me, tal como o Zamanita referiu, um Boletus luridus.
Quanto ao afiloforale, não faço a mínima ideia e a fotografia do Suillus não apresenta características suficientes para confirmar a identificação. Seja como for, desde que lhe tenhas retirado a cutícula, nenhum mal deverá vir ao mundo pelo seu consumo, uma vez que não conheço Suillus tóxicos.
Boa caçada e boas imagens de algumas espécies interessantes.
Só uma nota: será melhor colocares cada espécie num tópico diferente para facilitar a resposta e para não demorar tanto tempo a carregar todas as imagens.
Eu partilho as dúvidas do Zamanita em relação à primeira boletácea. Não me parece nada, mas mesmo nada, Gyroporus castaneus. O pé (estipe, melhor dizendo) parece demasiado fino e se não é cavernoso então eu excluiria essa hipótese. E, tal como o Zamanita diz, parece haver um reticulado na parte superior do pé - podes confirmá-lo? Sinceramente parece-me mais um Boletus do grupo edulis (a confirmar-se a existência de um retículo) com o estipe anormalmente elegante.
Relativamente à Amanita, gostaria de fazer algumas considerações. À partida descartaria A. vaginata e semelhantes porque este grupo tem uma volva saciforme (em forma de saco, como A. caesarea). Também descartaria A. excelsa/A. spissa e semelhantes porque este grupo não tem a margem do chapéu (píleo, melhor dizendo) estriada. Em princípio também descartaria A. pantherina pelo seguinte conjunto de motivos: anel ausente, por oposição a um anel membranoso e persistente de A. pantherina; pé não bulboso (com uma zona notoriamente mais larga na base); ausência de um padrão helicoidal de restos de volva subindo desde a base do pé. A cor do píleo também me parece mais acinzentada (A. pantherina é mais acastanhada), mas posso estar a ser conduzido ao engano pelas condições de iluminação no momento da tomada da fotografia. Por outro lado, o exemplar retratado parece não estar nas melhores condições e é possível que algumas das características estejam adulteradas (nomeadamente a ausência de anel)... Já manifestei a minha opinião sobre o que poderá, em princípio, não ser, mas a questão mantém-se: o que é, então? A ausência de anel, a presença de uma margem do píleo estriada e volva (aparentemente) friável (que se parte ou esfarela facilmente) parecem apontar para uma espécie do não muito fácil grupo Amanita friabilis/A. malleata...
Quanto aos dois Boletus, creio que o Zamanita tem toda a razão ao dizer que são duas espécies diferentes. A primeira espécie tem píleo acastanhado, poros amarelos-esverdeados, estipe avermelhado não reticulado e apresenta uma viragem de cor ao azul nos poros (intensa) e azul e amarela no contexto, mas pouco pronunciada e não em todo o lado. Para já, e recorrendo apenas ao guia do Courtecuisse, não vejo nenhuma espécie que se encaixe perfeitamente, mas tanto poderá ser um Boletus como um Xerocomus... A segunda espécie tem píleo pálido, poros alaranjados, estipe reticulado amarelo no ápice depois alaranjado e cor de vinho na base e apresenta uma viragem de cor ao azul nos poros e no contexto do píleo e ao amarelo no contexto do estipe. Este parece-me, tal como o Zamanita referiu, um Boletus luridus.
Quanto ao afiloforale, não faço a mínima ideia e a fotografia do Suillus não apresenta características suficientes para confirmar a identificação. Seja como for, desde que lhe tenhas retirado a cutícula, nenhum mal deverá vir ao mundo pelo seu consumo, uma vez que não conheço Suillus tóxicos.
Boa caçada e boas imagens de algumas espécies interessantes.
Só uma nota: será melhor colocares cada espécie num tópico diferente para facilitar a resposta e para não demorar tanto tempo a carregar todas as imagens.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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tópico grande
Pedro, peço desculpa pelo tamanho do tópico, agrupando tantas espécies, mas o intuito foi dar conta da "caçada", e não incomodar-vos com pedidos de identificação, pois sendo esse o caso teria, efectivamente, separado as espécies por posts diferentes. No entanto tens razão no que toca à dificuldade acrescida de carregar um tópico tão grande. De futuro procederei dessa forma, optimizada.
Quanto a confirmar o quer que seja, tal já não é possível. Os hipotéticos exemplares de castaneus forma consumidos ontem à noite, numa tainada promovida pelo meu colega de caçada - pelo menos presumo que assim terá sido. Eu contentei-me com 4 A. caesarea apenas para provar. Mas como disse anteriormente, aquele local dará mais exemplares idênticos. Espero lá voltar em breve - logo após as próximas chuvas, que infelizmente, parecem tardar.
Obrigado pela atenção. Com o vosso contributo já posso corrigir algumas identificações para postar correctamente as fotos no meu site. Outras ficarão no limbo das dúvidas.
Abraço.
Quanto a confirmar o quer que seja, tal já não é possível. Os hipotéticos exemplares de castaneus forma consumidos ontem à noite, numa tainada promovida pelo meu colega de caçada - pelo menos presumo que assim terá sido. Eu contentei-me com 4 A. caesarea apenas para provar. Mas como disse anteriormente, aquele local dará mais exemplares idênticos. Espero lá voltar em breve - logo após as próximas chuvas, que infelizmente, parecem tardar.
Obrigado pela atenção. Com o vosso contributo já posso corrigir algumas identificações para postar correctamente as fotos no meu site. Outras ficarão no limbo das dúvidas.
Abraço.
efe- Carpóforo
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Abraço
Caro Amigo Chico
Só para deixar um abraço, com os agradecimentos pela excelente "reportagem", pelas zonas de caça que bem conheço.
E também recordar a Máxima: em caso de dúvida, fica no campo, pode ser?
Carlos Mesquita
Só para deixar um abraço, com os agradecimentos pela excelente "reportagem", pelas zonas de caça que bem conheço.
E também recordar a Máxima: em caso de dúvida, fica no campo, pode ser?
Carlos Mesquita
Mesquita- Número de Mensagens : 4
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hehehehe
Mesquita escreveu:Caro Amigo Chico
Só para deixar um abraço, com os agradecimentos pela excelente "reportagem", pelas zonas de caça que bem conheço.
E também recordar a Máxima: em caso de dúvida, fica no campo, pode ser?
Carlos Mesquita
às vezes, em caso de dúvida, vem connosco para termos uma conversinha esclarecedora...hehehe
abraço, pá
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Pedro Claro escreveu:Efe:
...
Relativamente à Amanita, gostaria de fazer algumas considerações. À partida descartaria A. vaginata e semelhantes porque este grupo tem uma volva saciforme (em forma de saco, como A. caesarea). Também descartaria A. excelsa/A. spissa e semelhantes porque este grupo não tem a margem do chapéu (píleo, melhor dizendo) estriada. Em princípio também descartaria A. pantherina pelo seguinte conjunto de motivos: anel ausente, por oposição a um anel membranoso e persistente de A. pantherina; pé não bulboso (com uma zona notoriamente mais larga na base); ausência de um padrão helicoidal de restos de volva subindo desde a base do pé. A cor do píleo também me parece mais acinzentada (A. pantherina é mais acastanhada), mas posso estar a ser conduzido ao engano pelas condições de iluminação no momento da tomada da fotografia. Por outro lado, o exemplar retratado parece não estar nas melhores condições e é possível que algumas das características estejam adulteradas (nomeadamente a ausência de anel)... Já manifestei a minha opinião sobre o que poderá, em princípio, não ser, mas a questão mantém-se: o que é, então? A ausência de anel, a presença de uma margem do píleo estriada e volva (aparentemente) friável (que se parte ou esfarela facilmente) parecem apontar para uma espécie do não muito fácil grupo Amanita friabilis/A. malleata...
Pedro, a amanita deu esporada de tom claro -entre creme e amarelado - só agora me lembrei que tinha deixado o pileo sobre um papel azul e branco, na estante, ao lado dos livros. E lembrei-me, porque achei intrigante a persistência, aqui em casa, do cheiro intenso a cogus degradados que encontrei ontem no campo, pensei que era partida da psique.... hehehe, afinal era o chapéu da amanita. Não sei se ajuda nalguma coisa. Que fedor!!! exactamente o cheiro das A. caesarea já repassadas.
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
A esporada de qualquer espécie do género Amanita é sempre branca e as diferenças eventuais de tom não são significativas para efeitos de identificação. Agora se conseguires ver esses esporos ao microscópio (mesmo que seja um simples, daqueles educativos), já se podia adiantar alguma coisa, já que podem ser esporos quase redondos, ovalados, alongados... Mas talvez já seja pedir muito...
Pedro Claro- Basidiocarpo
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observar esporada ao miscroscópio
Pedro Claro escreveu:A esporada de qualquer espécie do género Amanita é sempre branca e as diferenças eventuais de tom não são significativas para efeitos de identificação. Agora se conseguires ver esses esporos ao microscópio (mesmo que seja um simples, daqueles educativos), já se podia adiantar alguma coisa, já que podem ser esporos quase redondos, ovalados, alongados... Mas talvez já seja pedir muito...
Pois... provavelmente será pedir muito porque há uns 5 anos que não abria a caixa do microscópio e agora descobri que as pilhas foram-se e levaram com elas os contactos do respectivo suporte.... vou ver como remedeio. já digo o que vi... se ver alguma coisa
..............................................
como estou a usar o espelho do microscópio para reflectir a luz de um candeeiro de mesa não tenho iluminação suficiente para usar as lentes 600x ou 900x e em 100x os esporos parecem-me esféricos...
..............................................
ok, são redondinhos, de facto. esféricos.
.................................................
pronto, é assim: raspei umas estrias de esporos depostos no papel e coloquei sobre uma lamela, vi um amontoado de ...qualquer coisa com formas indefinidas... desisti.
depois raspei mais umas linhas de esporos e juntei uma gota de água. com a solução preparei outra lamela, e nessa observei minúsculos grãos redondos, muito minúsculos mesmo pois não consigo usar ampliação maior do que 100x.
É tudo.
Última edição por efe em Seg 02 Nov 2009, 20:43, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : aventuras no laboratório em episódios grotescos)
efe- Carpóforo
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boletus de pé vermelho
Num livro de um amigo encontrei uma imagem muito, muito parecida com um destes boletos avermelhados. Lá, é identificado como B. erytrophus, será um destes?
O livro é este:
El Gran Libro de las Setas
baseado na obra do francês Georges Becker
Praga, 1990
O livro é este:
El Gran Libro de las Setas
baseado na obra do francês Georges Becker
Praga, 1990
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Boletus erythropus é uma espécie que vira ao azul de forma imediata e intensa (só visto, mesmo!) em todas as partes, incluindo no contexto (carne) ao corte. Além disso, apesar do estipe ser vermelho, não apresenta reticulado (ao contrário da segunda espécie) mas sim um pontilhado fino de cor mais escura e os poros são laranja/avermelhados nos exemplares adultos (ao contrário da primeira espécie).
A segunda espécie, quase de certeza absoluta, é Boletus luridus - a própria descrição dos cambiantes de cores do estipe (amarelo no ápice, laranja no centro e vinoso na base) encaixa perfeitamente no que dizem os manuais. A primeira espécie, pelos poros amarelos-esverdeados, não pode ser confundida com B. erythropus. Será um Boletus de outra secção ou, então, um Xerocomus. Como não encontro nenhum Boletus que se encaixe no que vejo e no que leio, eu apostaria mais na segunda hipótese - o que torna complicada uma identificação mais específica, uma vez que o género Xerocomus é bastante mais complicado que o género Boletus. Mas quando puder vou consultar a Monografia da dupla Simonini/Ladurner e depois digo alguma coisa.
A segunda espécie, quase de certeza absoluta, é Boletus luridus - a própria descrição dos cambiantes de cores do estipe (amarelo no ápice, laranja no centro e vinoso na base) encaixa perfeitamente no que dizem os manuais. A primeira espécie, pelos poros amarelos-esverdeados, não pode ser confundida com B. erythropus. Será um Boletus de outra secção ou, então, um Xerocomus. Como não encontro nenhum Boletus que se encaixe no que vejo e no que leio, eu apostaria mais na segunda hipótese - o que torna complicada uma identificação mais específica, uma vez que o género Xerocomus é bastante mais complicado que o género Boletus. Mas quando puder vou consultar a Monografia da dupla Simonini/Ladurner e depois digo alguma coisa.
Última edição por Pedro Claro em Seg 02 Nov 2009, 23:34, editado 1 vez(es)
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Relativamente à Amanita (já me esquecia dela...), se os esporos são esféricos ou globosos então teremos que repensar a exclusão da secção Vaginata... De certeza que colheste todo o cogumelo? Não terás deixado a volva na terra?
Esporos esféricos, ausência de anel, margem estriada, cor acinzentada... Afigura-se uma Amanita vaginata típica SE a volva não fosse friável.
Esporos esféricos, ausência de anel, margem estriada, cor acinzentada... Afigura-se uma Amanita vaginata típica SE a volva não fosse friável.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Ok, mas...
Pedro Claro escreveu:Boletus erythropus é uma espécie que vira ao azul de forma imediata e intensa (só visto, mesmo!) em todas as partes, incluindo no contexto (carne) ao corte. Além disso, apesar do estipe ser vermelho, não apresenta reticulado (ao contrário da segunda espécie) mas sim um pontilhado fino de cor mais escura e os poros são laranja/avermelhados nos exemplares adultos (ao contrário da primeira espécie).
A segunda espécie, quase de certeza absoluta, é Boletus luridus - a própria descrição dos cambiantes de cores do estipe (amarelo no ápice, laranja no centro e vinoso na base) encaixa perfeitamente no que dizem os manuais. A primeira espécie, pelos poros amarelos-esverdeados, não pode ser confundida com B. erythropus. Será um Boletus de outra secção ou, então, um Xerocomus. Como não encontro nenhum Boletus que se encaixe no que vejo e no que leio, eu apostaria mais na segunda hipótese - o que torna complicada uma identificação mais específica, uma vez que o género Xerocomus é bastante mais complicado que o género Boletus. Mas quando puder vou consultar a Monografia da dupla Simonini/Ladurner e depois digo alguma coisa.
Obrigado, mas não percas tempo com um exemplar do qual não se possui as informações básicas. Prometo-te que colherei outros semelhantes no mesmo sítio e, depois, sim, com mais dados, valerá a pena levar a coisa até ao fim.
Abraço.
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
efe escreveu:Obrigado, mas não percas tempo com um exemplar do qual não se possui as informações básicas. Prometo-te que colherei outros semelhantes no mesmo sítio e, depois, sim, com mais dados, valerá a pena levar a coisa até ao fim.
Abraço.
Combinado!
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Micobiota do Sudoeste...
Boas a todos...
Peço desculpa mas n consegui ler todos os tópicos e respostas...
Achei mt interessante este post aqui do "sul"...
Efe...Se estivers interessado, podemos tentar organizar uma caçada q eu vivo em s. teotonio e interesso.me mt por esta zona do país...(sudoeste)
Os cesareas são espetaculares...
As boletaceas parecem-me Boletus da secção Luridi...têm de ser bem identificados...
A amanitopsis é uma q tb costumo apanhar por aqui em s. teotonio (é dos primeiros cogumelos q ja o ano passado apareceram) e penso andar a volta da cecilia, supravolvacea ou junquilea...
Abraço
Carlos
Peço desculpa mas n consegui ler todos os tópicos e respostas...
Achei mt interessante este post aqui do "sul"...
Efe...Se estivers interessado, podemos tentar organizar uma caçada q eu vivo em s. teotonio e interesso.me mt por esta zona do país...(sudoeste)
Os cesareas são espetaculares...
As boletaceas parecem-me Boletus da secção Luridi...têm de ser bem identificados...
A amanitopsis é uma q tb costumo apanhar por aqui em s. teotonio (é dos primeiros cogumelos q ja o ano passado apareceram) e penso andar a volta da cecilia, supravolvacea ou junquilea...
Abraço
Carlos
Broteroi- micélio secundário
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Estou nessa.
Broteroi escreveu:Boas a todos...
Peço desculpa mas n consegui ler todos os tópicos e respostas...
Achei mt interessante este post aqui do "sul"...
Efe...Se estivers interessado, podemos tentar organizar uma caçada q eu vivo em s. teotonio e interesso.me mt por esta zona do país...(sudoeste)
Os cesareas são espetaculares...
As boletaceas parecem-me Boletus da secção Luridi...têm de ser bem identificados...
A amanitopsis é uma q tb costumo apanhar por aqui em s. teotonio (é dos primeiros cogumelos q ja o ano passado apareceram) e penso andar a volta da cecilia, supravolvacea ou junquilea...
Abraço
Carlos
Claro que estou interessado. O que acontece é que o meu trabalho só me deixa livres 2 fins-de-semana por mês, o que complica um bocado as coisas em matéria de disponibilidade para viagens, mas S. Teotónio até nem é muito longe de Lagos. No que toca a esta região, por enquanto ando a aprender os sítios, sobretudo com um amigo que há dezenas de anos colhe cogumelos. O que mais me motiva é a Fotografia e, em breve - quando conhecer mais sítios e conhecer melhor as espécies - começo a levar uma panóplia fotográfica mais completa. Este interesse nem sempre é compatível com a dinâmica dos recolectores gastronómicos daí pretender conhecer os sítios para mais tarde poder dedicar-lhes o tempo que é necessário à Fotografia e à identificação.
Depois das chuvas que se desejam, podemos combinar uma saída de campo para um Sábado ou um Domingo (prefiro o Sábado para não me cruzar com caçadores de aves e mamíferos). Pode ser por aqui, mas eu ainda não domino bem a relação dos três factores: espécies mais frequentes/local/época; pelo que, provavelmente, será melhor fazermos uma saída aí pela tua zona ?!
Abraço.
Francisco Castelo
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Boas Francisco,
Para aqui...acho td mt seco...queria mm era apanhar essas boletaceas e cesareas tds q apanhaste...
Se ainda houver praí "fruta" dessa, avisa q combinamos um fds...
Cumprimentos
Para aqui...acho td mt seco...queria mm era apanhar essas boletaceas e cesareas tds q apanhaste...
Se ainda houver praí "fruta" dessa, avisa q combinamos um fds...
Cumprimentos
Broteroi- micélio secundário
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ok
Broteroi escreveu:Boas Francisco,
Para aqui...acho td mt seco...queria mm era apanhar essas boletaceas e cesareas tds q apanhaste...
Se ainda houver praí "fruta" dessa, avisa q combinamos um fds...
Cumprimentos
Pois, mas agora só depois de chover. O que lá ficou já estava degradado quando chegámos. Sem chuva, lá não dá mais nada.
Vamos aguardar.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
Mais uma achega e uma acha para a fogueira da discussão
Olá a todos e parabens pela discussão gerada!
Gostava de fazer algumas consideração sobre a identidade dos espécimes fotografados.
Na grande maioria dos casos estou de acordo com os comentários feitos pelo Pedro Claro e Zamanita, no entanto tenho a acrescentar e discurdar o seguinte:
A Polyporales é um Ganoderma lucidum em estádio primordial.
O Boletus que mencionam ser B. luridus, a meu ver não o é! Pertence à secção Purpurei Fr. e muito provávelmente trata-se da espécie Boletus rhodopurpureus Smot. - já no ano passado me deparei com esta espécie e dediquei-lhe alguma atenção, este ano apareceu de novo e resolvi a identificação! Apesar de não ter usado nenhuma monografia extensiva, a identificação deixa-me muito poucas dúvidas! O habitat em que encontrei os meus exemplares é um sobreiral de solos calcaricos. As principais caracteristicas discordantes são a cor da cutícula e a forte reacção ao toque! Fica uma imagem da minha colecção!
Abraço
Gostava de fazer algumas consideração sobre a identidade dos espécimes fotografados.
Na grande maioria dos casos estou de acordo com os comentários feitos pelo Pedro Claro e Zamanita, no entanto tenho a acrescentar e discurdar o seguinte:
A Polyporales é um Ganoderma lucidum em estádio primordial.
O Boletus que mencionam ser B. luridus, a meu ver não o é! Pertence à secção Purpurei Fr. e muito provávelmente trata-se da espécie Boletus rhodopurpureus Smot. - já no ano passado me deparei com esta espécie e dediquei-lhe alguma atenção, este ano apareceu de novo e resolvi a identificação! Apesar de não ter usado nenhuma monografia extensiva, a identificação deixa-me muito poucas dúvidas! O habitat em que encontrei os meus exemplares é um sobreiral de solos calcaricos. As principais caracteristicas discordantes são a cor da cutícula e a forte reacção ao toque! Fica uma imagem da minha colecção!
Abraço
*ento*loma*- Admin
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ok
Obrigado pelo contributo *ento*loma*
efe- Carpóforo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Bem, eu analisei as fotografias colocadas e revi as descrições tanto do B. luridus como do B. rhodopurpureus e parece-me que a fotografia do *ento*loma* e a do efe representam duas espécies diferentes. Não duvido de forma nenhuma da identificação do *ento*loma* relativamente aos exemplares que recolheu (ainda para mais, tendo-os em mãos é sempre diferente de ver apenas fotografias), mas mantenho a minha opinião em relação ao exemplar que o efe recolheu, baseado sobretudo nos seguintes aspectos:
- A cor do estipe - amarelo ou amarelo-alaranjado na parte superior, carmim ou cor-de-vinho na parte inferior, enquanto que o rhodopurpureus não apresenta os tons carmim/cor-de-vinho, tendo o estipe de uma cor amarela ou alaranjada, sendo esta uma característica típica desta espécie;
- A cor do píleo - que no caso do exemplar do efe não parece ter tons rosados (característica, embora não exclusiva, de B. rhodopurpureus).
Seria bom sabermos ao certo o comportamento desta espécie ao corte, uma vez que uma viragem rápida e intensa ao azul seria característica de B. rhodopurpureus, enquanto que uma viragem mais lenta e progressiva seria mais de acordo com a definição de B. luridus - mas, pelo amarelo vivo que se vê em grande parte do contexto, eu deduzo que a viragem tenha sido progressiva e, portanto, seria mais uma indicação no sentido de se tratar B. luridus.
- A cor do estipe - amarelo ou amarelo-alaranjado na parte superior, carmim ou cor-de-vinho na parte inferior, enquanto que o rhodopurpureus não apresenta os tons carmim/cor-de-vinho, tendo o estipe de uma cor amarela ou alaranjada, sendo esta uma característica típica desta espécie;
- A cor do píleo - que no caso do exemplar do efe não parece ter tons rosados (característica, embora não exclusiva, de B. rhodopurpureus).
Seria bom sabermos ao certo o comportamento desta espécie ao corte, uma vez que uma viragem rápida e intensa ao azul seria característica de B. rhodopurpureus, enquanto que uma viragem mais lenta e progressiva seria mais de acordo com a definição de B. luridus - mas, pelo amarelo vivo que se vê em grande parte do contexto, eu deduzo que a viragem tenha sido progressiva e, portanto, seria mais uma indicação no sentido de se tratar B. luridus.
Pedro Claro- Basidiocarpo
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Re: Nas proximidades da Mata de Barão de S. João, Lagos
Pedro Claro escreveu:
Seria bom sabermos ao certo o comportamento desta espécie ao corte, uma vez que uma viragem rápida e intensa ao azul seria característica de B. rhodopurpureus, enquanto que uma viragem mais lenta e progressiva seria mais de acordo com a definição de B. luridus - mas, pelo amarelo vivo que se vê em grande parte do contexto, eu deduzo que a viragem tenha sido progressiva e, portanto, seria mais uma indicação no sentido de se tratar B. luridus.
Qual o conceito de "rápido" neste contexto? Ambos mudaram de cor em pouco mais de um minuto. Foi o caso do o exemplar 1, in situ. As fotos obtidas do exemplar 2, atestam a coloração obtida ao fim de uns 3 ou 4 minutos após seccionamento simétrico.
Não sei se ajuda. Agora, só quando recolher semelhantes.
Saúde.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
mudança
Aqui fica um video da velocidade de mudança de cor que um dos meus exemplares mostrou...
quase instantaneo...
quase instantaneo...
*ento*loma*- Admin
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pois
os "meus" foram mais lentos.
efe- Carpóforo
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Data de inscrição : 28/11/2008
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